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Casos de Família: Amante aparece nua em transmissão de jornalista em isolamento
Mais uma vez, uma transmissão ao vivo se transformou em janela indiscreta com vista para a intimidade de quem estava online. O jornalista de TV espanhol Alfonso Merlos, 41, apresentava uma reportagem quando, acidentalmente, uma mulher nua apareceu ao fundo. Com o flagrante na live, ele foi acusado de trair sua companheira.
Ele namora a modelo Marta López, muito conhecida após ter participado do "Big Brother" espanhol - e ficou evidente para o público que não era ela que estava nua no local com o apresentador.
A suposta amante foi apontada pelo site espanhol 20 Minutos como sendo a também jornalista Alexia Rivas, 27. Embora tenha reagido ao escândalo com silêncio, posteriormente Merlos confirmou a identidade dela no programa "The Ana Rose Show".
Além de pedir desculpas pelo constrangimento, ele afirmou que os dois tinham terminado o relacionamento. Já a jornalista Alexia Rivas contou, ao site Socialité, que estava saindo com ele havia três semanas, e que o jornalista havia dito que era solteiro.
Segundo Jornal, Bolsonaro está convencido de que coronavírus é um plano do governo comunista chinês para dominar o mundo
Oficialmente não deve sair nenhuma manifestação nesse sentido. Mas nas suas conversas reservadas com assessores e até com políticos mais próximos, o presidente Jair Bolsonaro associa a pandemia do novo coronavírus a um plano de recuperação econômica do governo chinês.
A teoria conspiratória corre solta entre os bolsonaristas e é compartilhada pelo presidente e seus filhos.
Basicamente diz o seguinte: toda vez que a China tem problemas econômicos aparece uma grande doença que se espalha pelo mundo causando crise nos mercados globais e diminuição no valor dos produtos importados pelos chineses.
Bolsonaro tem citado que em 2013 a OMS (Organização Mundial de Saúde) classificou como pandemia a gripe aviária, também originária da China, e que, graças ao pânico causado nos mercados, a economia chinesa cresceu.
O mesmo teria ocorrido com a gripe suína (que, na verdade, se iniciou no México) e com a peste suína africana, que se alastrou a partir da China.
Segundo essa teoria, a economia chinesa também vai crescer devido ao pânico mundial com o novo coronavírus.
O presidente brasileiro e seus seguidores apontam que a China, grande compradora de petróleo, já está adquirindo o combustível com preço do barril 30% mais baixo do que antes do aparecimento da doença. E que os chineses estão conseguindo pagar menos por outras commodities, como o nosso minério de ferro e alimentos exportados pelo Brasil.
No mundo, os chineses teriam se aproveitado da crise para comprar ações de empresas de tecnologia cujo preço em bolsa desabou a partir da crise do novo coronavírus. Com isso, teriam lucrado trilhões de dólares.
Bolsonaro importou da internet a teoria da grande conspiração comunista chinesa que corre solta nas redes sociais de bolsonaristas e terraplanistas.
A sugestão é de que as últimas grandes pandemias apareceram, ou se alastraram, por obra e graça do Partido Comunista Chinês.
Acredite quem quiser
MAIS UM: Empresário paraibano que era contra o Isolamento Social morre vítima do coronavírus
O empresário Manoel Caetano Leite, de 51 anos, faleceu vítima de Covid-19, na cidade de Fortaleza (CE), nesta quarta-feira (22). Ele estava internado em um hospital da capital depois de ter apresentado sintomas do novo coronavírus.
Manoel que era natural da cidade de Catingueira, no Sertão da Paraíba, recebeu a confirmação de que estava infectado com o Covid-19.
Em suas redes sociais, o valepiancoense demonstrava ser contra o isolamento social. “Ele postava muito a sua indignação quanto ao fechamento do comércio, nos grupos de Whatsapp que participava”, disse um amigo que sempre mantinha contato com Manoel.
O empresário era muito conhecido na região do Vale do Piancó, onde mantinha relações comerciais da sua empresa com vários clientes. O Presidente da Câmara Municipal de Catingueira, Vereador Edison Soares, lamentou a morte do amigo.
“É com muita dor que neste momento comunico o falecimento do meu grande amigo e irmão em Cristo, Manoel Caetano. Ele lutou vários dias, mas não resistiu”, afirmou Edison. A cidade de Catingueira recebeu a triste notícia que causou comoção popular.
É impensável restringir entrada de brasileiros em Portugal
À frente do combate à pandemia em Portugal, a ministra da Saúde, Marta Temido, está preocupada com uma possível segunda onda da Covid-19. Com pouco mais de mil mortes desde a confirmação do primeiro caso, em 2 de março, e taxa de transmissão abaixo de 1 — quando cada infectado contamina mais uma pessoa —, o país inicia nesta segunda-feira o processo de afrouxamento do isolamento social.
Serão três etapas, até o dia 1º de junho. Temido não descarta a retomada do estado de emergência, se o número de casos voltar a subir. A ministra, que tem parentes no Brasil, diz que os brasileiros deveriam aprender com a experiência de outros países no combate ao coronavírus.
A que a senhora atribui o baixo número proporcional de mortos por Covid-19 em Portugal?
Penso que este resultado decorre de um conjunto de fatores. Portugal beneficiou-se de ter registrado o primeiro caso numa fase em que outros países europeus já lidavam com a situação. Também temos um sistema de saúde que tem um modelo de serviço nacional, que ajuda a dar uma resposta integral e mais abrangente. Toda a nossa população está coberta, independentemente de sua capacidade de pagar. Tivemos a sorte de poder contar com profissionais de saúde muito empenhados. E, em termos do apoio da população portuguesa e de todas as forças sociais e políticas, tem havido um grande alinhamento. É um momento de união para encontrar esse resultado mais positivo possível para todo o povo português.
De que forma a flexibilização do isolamento será feita?
A adesão da população portuguesa ao apelo por isolamento teve uma resposta muito positiva, mas, neste momento, eu tenho alguma preocupação que, com o cansaço acumulado do confinamento e da situação econômica, possa haver um menor cumprimento das regras de distanciamento. Tem que se ter sempre muita atenção, muito cuidado, insistir muito na mensagem de que o sucesso da luta contra a pandemia não depende só do governo, mas de cada um de nós. E cada um de nós tem que ter muita disciplina e muito rigor. Não dá para facilitar.
Mas como será o passo a passo? Existe a possibilidade de voltar atrás no afrouxamento?
Nós sabemos que, ao longo da pandemia, vamos ter que adaptar estratégias aos resultados epidemiológicos. As pessoas têm que estar preparadas para uma estratégia que pode ter avanços e recuos. Não podemos dizer que estamos livres que isso aconteça. Para isso, existem os vigilantes epidemiológicos, que nos permitem acompanhar a evolução do número de novos casos, a ocupação do sistema de saúde, a capacidade laboratorial. Nós temos uma vantagem em comparação com o Brasil: nós somos 10 milhões de habitantes. Nossa realidade é bastante mais simples, mais fácil de gerir.
O que vamos procurar fazer é ter boas práticas, regras específicas a partir de propostas dos vários setores – por exemplo, indústria e comércio – para o alívio de medidas em cada uma dessas áreas. Essas normas vão sendo discutidas até haver um consenso que esteja de acordo com as regras sanitárias. Quando entendemos que temos condições para aliviar um pouco, em função da evolução epidemiológica, então nós fazemos esse passo, mas temos que estar sempre atentos. Por isso vamos fazer esses alívios por medidas sucessivas de 15 em 15 dias. Temos um plano até o final de maio, mas vamos ter que ir acompanhando.
No Brasil, um dos grandes problemas é a falta de testes. Como Portugal tem lidado com isso?
A estratégia de testes que Portugal seguiu é aquela recomendada pela Organização Mundial da Saúde: tentar testar o mais possível. Além da aplicação de testes nos casos suspeitos e em seus contatos, procuramos testar as pessoas com risco especial de contrair a doença. Testamos profissionais de saúde e tivemos a mesma estratégia para estruturas residenciais de idosos e para profissionais de determinadas áreas, como guardas prisionais. Agora, vamos tentar fazer o mesmo para a reabertura dos jardins de infância. São todos locais onde vamos ter população especialmente vulnerável.
Mas nós sabemos que os testes são só uma fotografia daquilo que pode ser a infecção num determinado momento. Testagem é importante, mas não podemos esquecer que o teste é apenas um instrumento de diagnóstico. Não se pode sobrevalorizar o poder do teste. É muito importante que ele seja acompanhado por medidas de prevenção. Sem isto, não serve de nada.
Diante do crescimento do número de casos de Covid-19 no Brasil, o presidente americano Donald Trump chegou a falar em suspender voos vindos do Brasil para os EUA. A senhora acha que Portugal, que recebe tantos brasileiros, deve adotar medida semelhante?
Não. O Brasil é, para os portugueses, um país irmão. Mesmo no nosso pior cenário, sempre mantivemos voos regulares para o Brasil. Muitos portugueses têm família no Brasil. Eu própria tenho família no Brasil. Isso é impensável num contexto como aquele que nós temos em termos de relação entre os nossos países. Desejamos, sobretudo, que a situação no Brasil seja controlada o mais depressa possível, sabendo que é uma situação complicada. Desejamos a maior sorte ao povo do Brasil e aos que trabalham no SUS na luta contra esta pandemia, porque é possível vencê-la.
Como têm sido tratados os imigrantes no sistema de saúde português durante a pandemia? Os ilegais também têm direito a atendimento?
O que fizemos, durante este período, foi dizer que mesmo a população que está à espera de uma decisão quanto a sua legalização no país, neste momento tem acesso ao serviço nacional de saúde sem qualquer custo. É a melhor forma de proteger essas pessoas e também o país todo.
Na sua avaliação, qual é a perspectiva de volta à normalidade?
Até a doença ser erradicada, até encontrarmos uma cura ou vacina, não podemos imaginar o regresso à normalidade. Vamos ter que nos habituar a viver com doença, até para ir aumentando a imunidade de grupo, mas não dá para voltar à vida como ela era. Não sei se isso vai voltar a acontecer, tenho esperança que sim, claro. Mas, neste momento, é preciso continuar a realizar um conjunto de atividades que são essenciais para a vida de toda a comunidade. Não podemos deixar a economia parar. É preciso continuar a produzir pão, a recolher o lixo, os profissionais de saúde precisam continuar a trabalhar, mas tem que ser de uma forma diferente. É importante que todos entendam que o melhor que nós conseguimos fazer neste momento é regressar a uma normalidade diferente. Não há a normalidade de antigamente para voltar mais.
O Brasil está alguma semanas antes de Portugal na evolução da pandemia. Que conselho a senhora daria ao Brasil neste momento?
Para tentarem aprender com os erros dos outros e não os repetir, e tentar seguir as boas lições que alguns países também têm na forma como lutaram contra pandemia. Isto é um processo muito longo e desgastante. Aqui em Portugal, podemos estar numa fase à frente, mas podemos ter uma segunda onda e quem sabe mais. Portanto, isto não se vence com uma corrida curta. Não é um sprint, é uma maratona. Temos que ter noção de que é um processo longo e que exige muita resistência. Então, tem que se preparar psicologicamente para o embate, que é duro, mas é melhor estar preparado.
A melhor sugestão que eu poderia dar é estar sempre bastante atualizado em relação àquilo que vai aparecendo, à recomendação técnica da OMS, e tentar aplicar e adaptar para aquilo que é a maneira de ser de cada sistema de saúde e de cada população.
Fonte: O Globo
"Não fazemos caridade com dinheiro público" e "Não é hora de sentir saudade do Brasil" - Cônsul do Brasil em Lisboa Eduardo Hosannah
Porta de entrada para o sonho de uma vida melhor na Europa, o aeroporto de Lisboa virou o centro da peregrinação de emigrantes brasileiros que desistiram de viver em Portugal. Eles perderam o emprego devido à pandemia da Covid-19 e não conseguem mais permanecer no país, mas estão sem dinheiro para a volta ao Brasil.
Em tempos de distanciamento social e frio na madrugada, cerca de 40 pessoas dormiram aglomeradas por uma semana na calçada do terminal à espera de um encaixe em um dos voos de repatriamento fretados pelo Itamaraty. Na quinta-feira, houve desistências, 23 puderam embarcar de última hora e 17 foram para um abrigo.
O cônsul-geral adjunto do Brasil em Lisboa, ministro Eduardo Hosannah, estimou que há outras 600 pessoas em situação semelhante, entre turistas e desvalidos, e adiantou que requisitou aprovação de recursos para novos voos de repatriamento, mas aconselha aos residentes a procurarem os programas de assistência de Portugal.
Oficialmente, a comunidade brasileira residente é de 150 mil pessoas, a maior no país. O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que o desemprego em Portugal atingirá 14% da população, a maior taxa já registrada. Em 45 dias de estado de emergência, milhares de brasileiros perderam emprego e há relatos de que grande parte vive à beira da mendicância e dependente de doações para comer.
Logo após o estouro do surto na Europa, uma verba de R$ 62 milhões foi destinada para operações de repatriamento do Itamaraty em todo o mundo. Somente de Portugal foram retiradas quase 1.500 pessoas. Para receber o apoio, é preciso fazer um cadastro e obedecer ao critério determinado pela embaixada, de extrema fragilidade social e econômica.
A confirmação em um dos voos chega por e-mail e, para alguns, este processo durou mais de um mês. Para quem não recebeu o aviso e não tem onde esperar, o aeroporto passou a representar uma esperança. Na manhã da última quinta-feira, o paulista André Soncin estava indignado ao não receber confirmação da embaixada e observar um cachorro junto de sua dona na fila de embarque para o repatriamento.
— O cachorro sendo repatriado pelo Brasil, enquanto o ser humano fica aqui — disse Soncin.
Aos 50 anos, o ex-professor substituto de História chegou a Portugal em fevereiro de 2019 e tentava se estabilizar para levar a mulher e os quatro filhos. Trabalhou como servente e ajudante de carpintaria, diz que ganhava € 900 e mandava € 500 para família. Com o restante, pagava despesa com alimentação e o quarto em que vivia até, conta ele, ser despejado e dormir na calçada do aeroporto desde sábado.
O cônsul-geral adjunto garantiu que ninguém embarcará “no grito” nesta segunda fase de repatriamento.
— Não fazemos caridade com dinheiro público. A pessoa se inscreve, a situação é analisada e confirmada. Não adianta ficar no aeroporto, porque no grito não entra — disse Hossanah, confirmando que os lugares que sobraram foram selecionados pelos próprios brasileiros que passaram as noites na calçada.
O Cônsul afirmou que será aberto um novo cadastro, que poderá determinar a quantidade dos possíveis voos extras, caso os recursos sejam autorizados.
— Poderá haver um 7º, 8º e 9º voos, depende da necessidade. Agora, é residente em Portugal, mas perdeu emprego? Então tem que recorrer às medidas de apoio do governo português. Não posso ter 20 mil querendo embarcar, não é hora de sentir saudade do Brasil. Esperamos que a economia de Portugal comece a retomar e contratar. A solução real é por aí, não pela ajuda pública. Somos só uma solução passageira — declarou Hosannah.
Emigrante morre afogado em rio de Portugal ao tentar salvar cachorro
Um homem de 38 anos morreu ao tentar salvar um cachorro que estava se afogando no rio Mondego, em Coimbra, Portugal.
Segundo o Correio da Manhã, o francês Orlando Antunes estava na cidade visitando parentes e aproveitou para, ao lado da esposa, passear com dois cães da família.
Um dos animais, no entanto, acabou caindo no rio e começou a se afogar. O homem mergulhou e conseguiu salvar o cachorro, mas acabou submergindo e desaparecendo.
Antunes foi encontrado por mergulhadores momentos depois e transportado a um hospital, mas já estava morto..
Sergio Moro diz ter medo de sofrer atentado após deixar governo acusando Bolsonaro de interferir na PF
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou em entrevista para o site da Revista Veja que sente medo de sofrer um atentado após sair do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele ainda revelou que estão confeccionando e divulgando dossiês contra sua esposa com informações falsas.
"Certamente [tenho medo]. Sigo tendo a proteção da Polícia Federal (PF). Não gosto de falar muito nesse assunto. Isso é algo que assusta pessoas próximas a mim", afirmou o ex-juiz na entrevista.
"Atacaram minha esposa e estão confeccionando e divulgando dossiês contra ela com informações absolutamente falsas. Ela nunca fez nada de errado. Nem eu nem ela fizemos nada de errado. Esses mesmos métodos de intimidação foram usados lá trás, durante a Lava-Jato, quando o investigado e processado era o ex-presidente Lula", acrescentou Moro.
O ex-ministro ainda esclareceu, ao denunciar o presidente Bolsonaro em seu pedido de demissão, que não quis ser o "algoz" do chefe do Executivo.
A opinião pública compreendeu o que eu disse e os motivos da minha fala. É importante deixar muito claro: nunca foi minha intenção ser algoz do presidente ou prejudicar o governo. Na verdade, lamentei extremamente o fato de ter de adotar essa posição. O que eu fiz e entendi que era minha obrigação foi sair do governo e explicar por que estava saindo. Essa é a verdade", esclareceu.
Ao pedir demissão, Moro fez acusações contra o presidente, argumentando que não poderia permanecer à frente da pasta sem autonomia depois exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo.
Bolsonaro rebateu em um pronunciamento, e desde então o presidente, seus filhos e apoiadores tem trocado farpas com o ex-ministro pelas redes sociais.
Brasil ultrapassa a China em número de casos e é o 10º no ranking mundial de coronavírus
Após registrar 7.218 novos casos nas últimas 24 horas, um recorde para o período de um dia, o País registrou ao todo 85.380 pacientes confirmados com Covid-19, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
Ao ultrapassar a China, o Brasil deixa o 11º lugar no ranking mundial em número de casos e passa para o 10º lugar.
O país asiático tem no total 83.944 casos confirmados, segundo a Universidade Johns Hopkins, nos EUA, que monitora a pandemia, e um total de 4.637 mortos. O Brasil já havia ultrapassado os chineses em número de óbitos.
Brasil é o país que tem a maior taxa de transmissão do coronavírus no mundo
A tendência de crescimento da taxa de contágio do novo coronavírus coloca o Brasil como o segundo país com mais mortes previstas – cerca de 5.600 óbitos – para a próxima semana, dentre um total de 48 nações analisadas pelo Imperial College, de Londres, uma instituições de análise de epidemias respeitada em todo o mundo, em relatório relatório divulgado nesta terça (28).
O Brasil deverá ficar atrás somente dos Estados Unidos, que lidera a previsão para o período, com mais de 13 mil óbitos esperados. Os dois são os únicos enquadrados na categoria “Muito Alta” de transmissão. O relatório avalia a situação epidemiológica semanal da covid-19 nos países.
Para o estudo desta semana, foram considerados apenas aqueles que contabilizavam, no período de sete dias anteriores à publicação, no mínimo 100 mortes por coronavírus desde o começo da pandemia, e pelo menos 10 óbitos em cada uma das duas semanas anteriores.
As estimativas são feitas a partir de um indicador chamado R, que mostra para quantas pessoas cada infectado transmite a doença. Segundo a instituição britânica, o Brasil abriu esta segunda (26) com uma taxa R de 2,81, o que significa que cada pessoa contaminada transmite a doença para aproximadamente outras três. É a maior velocidade de transmissão do vírus na comparação com as outras nações, destaca o estudo, que indica ainda um risco alto de sobrecarga no sistema de saúde.
Em reportagem sobre o tema, o jornal Folha de S. Paulo destaca, por exemplo, que governos de todo o mundo consideram que as medidas de isolamento social só podem ser afrouxadas se esse número de reprodução da doença for abaixo de 1.
Além de ser o segundo com a maior previsão de mortes, o Brasil está entre os seis países com a menor confirmação de casos diante da quantidade efetiva. E é listado entre os nove, do total de 48 nações, em que a doença ainda registra uma tendência de ascensão. A transmissão também está crescendo no Canadá, Índia, Irlanda, México, Paquistão, Peru, Polônia e Rússia.
Bolsonaro culpa governadores por aumento de mortes pela Covid-19 : "Essa conta não é minha".
Em uma declaração para a imprensa ao lado de deputados federais de sua base de apoio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpou os governadores e disse que a conta pelas mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus não é dele.
"Imprensa tem que perguntar para o Doria (governador de São Paulo) porque está morrendo mais gente em São Paulo. Não adianta a imprensa botar na minha conta. A minha opinião não vale, o que vale são os decretos de governadores e prefeitos", disse.
Ontem, Bolsonaro gerou polêmica ao ser questionado sobre o número de mortes nas últimas 24 horas em decorrência da covid-19. "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse. Na sequência, o presidente disse que se solidarizava com os familiares das vítimas, o que gerou reclamações de que a imprensa teria deturpado a totalidade de sua fala.
Hoje, ele disse que lamentava as mortes, mas voltou a reclamar das medidas restritivas de isolamento social de governadores e prefeitos.
"A gente lamenta as mortes profundamente, sabia que ia acontecer, agora quem tomou todas as medidas restritivas foram governadores e prefeitos. Desde o começo me preocupei com vida e emprego, porque desemprego também mata. Então essa conta tem que ser perguntada para os governadores", disse.
Ele citou especificamente o caso de São Paulo, com críticas ao governador João Doria (PSDB) e ao prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB). "Pergunte ao senhor João Doria e a o senhor Covas por que tomaram medidas tão restritivas que eliminaram mais de um milhão de empregos em São Paulo e continua morrendo gente. Eles têm que responder, vocês não vão botar no meu colo essa conta", disse.
Bolsonaro ainda defendeu a atuação do governo federal no combate à pandemia, "O que nós do governo federal fizemos desde o começo é liberar recursos para a saúde e também criar aquele benefício emergencial. O que eu estou fazendo é sugerir ao ministério da saúde medidas para a gente voltar rapidamente com responsabilidade a uma normalidade. Nos países que adotaram isolamento horizontal foi onde mais faleceram gente, essa é uma realidade", disse.