Oficialmente não deve sair nenhuma manifestação nesse sentido. Mas nas suas conversas reservadas com assessores e até com políticos mais próximos, o presidente Jair Bolsonaro associa a pandemia do novo coronavírus a um plano de recuperação econômica do governo chinês.
A teoria conspiratória corre solta entre os bolsonaristas e é compartilhada pelo presidente e seus filhos.
Basicamente diz o seguinte: toda vez que a China tem problemas econômicos aparece uma grande doença que se espalha pelo mundo causando crise nos mercados globais e diminuição no valor dos produtos importados pelos chineses.
Bolsonaro tem citado que em 2013 a OMS (Organização Mundial de Saúde) classificou como pandemia a gripe aviária, também originária da China, e que, graças ao pânico causado nos mercados, a economia chinesa cresceu.
O mesmo teria ocorrido com a gripe suína (que, na verdade, se iniciou no México) e com a peste suína africana, que se alastrou a partir da China.
Segundo essa teoria, a economia chinesa também vai crescer devido ao pânico mundial com o novo coronavírus.
O presidente brasileiro e seus seguidores apontam que a China, grande compradora de petróleo, já está adquirindo o combustível com preço do barril 30% mais baixo do que antes do aparecimento da doença. E que os chineses estão conseguindo pagar menos por outras commodities, como o nosso minério de ferro e alimentos exportados pelo Brasil.
No mundo, os chineses teriam se aproveitado da crise para comprar ações de empresas de tecnologia cujo preço em bolsa desabou a partir da crise do novo coronavírus. Com isso, teriam lucrado trilhões de dólares.
Bolsonaro importou da internet a teoria da grande conspiração comunista chinesa que corre solta nas redes sociais de bolsonaristas e terraplanistas.
A sugestão é de que as últimas grandes pandemias apareceram, ou se alastraram, por obra e graça do Partido Comunista Chinês.
Acredite quem quiser