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A polícia de Berlim dispersou neste sábado (25/04) uma manifestação ilegal que pedia o fim das medidas de isolamento social impostas pelo governo alemão para conter a pandemia de coronavírus.

Cerca de 1.000 pessoas participaram do protesto, que se concentrou na Praça Rosa Luxemburgo, na região central de Berlim. Segundo as autoridades, 105 pessoas foram brevemente detidas ou tiveram seus dados registrados pela polícia.

Elas devem sofrer sanções por violação das regras de quarentena. A polícia também informou que deve indiciar alguns participantes por divulgação de símbolos ou mensagens anticonstitucionais e agressões contra policiais. Pelo menos cinco policiais ficaram feridos no sábado.

Houve também o registro de um protesto similar em Stuttgart, que atraiu cerca de 300 pessoas.

Há pelo menos um mês, a capital alemã vem sendo palco de protestos semanais contra as medidas de isolamento social, que incluem proibição de grandes eventos, fechamento de escolas e de parte do comércio.

As manifestações têm atraído algumas centenas de pessoas e têm sido convocadas principalmente por grupos de extrema-direita e figuras que transitam no submundo de páginas da internet que promovem teorias conspiratórias.

O discurso predominante dessas manifestações tem sido de denunciar as restrições impostas pelo governo como uma medida contra os direitos individuais.

Alguns participantes e páginas na internet que promovem os protestos também acusam as medidas de afrontarem a Constituição. Sem qualquer base histórica, eles chegam a traçar paralelos entre as medidas e as ações da ditadura nazista (1933-1945).

Outros organizadores e participantes também aproveitam para disseminar teorias conspiratórias, afirmando que a quarentena seria um complô da indústria farmacêutica, do bilionário Bill Gates e até mesmo dos "sionistas”.

Ao longo do sábado, a polícia de Berlim pediu vezes para que os manifestantes se dispersassem. As autoridades afirmaram que haviam concedido permissão para que os organizadores distribuíssem folhetos, mas proibiu qualquer aglomeração.

Pelas regras de isolamento social em vigor em Berlim, são proibidas aglomerações de mais de duas pessoas e eventos com mais 20 participantes precisam de autorização das autoridades e só são permitidos se forem observadas regras como distância mínima de 1,5 metro.

Para impedir que mais pessoas se juntassem ao protesto, a polícia convocou 180 agentes e chegou a bloquear acessos à praça. Mais tarde, depois da detenção temporária de alguns participantes, os manifestantes acabaram por se dispersar.

Há duas semanas, uma advogada de Heidelberg que havia convocado uma manifestação similar passou a ser investigada pela promotoria local por convocar um protesto ilegal em tempos de pandemia.

Beate Bahner, de 54 anos, havia se tornado uma espécie de heroína dos negacionistas da pandemia de coronavírus na Alemanha após ingressar com uma acao contra as medidas de isolamento no Tribunal Constitucional da Alemanha (BVerfG, na sigla em alemão), a instância jurídica mais alta do país. Posteriormente, Bahner, que mantinha um site que espalhava teorias conspiratórias, acabou send odetida após agir de maneira confusa na rua e agredir um policial. Ela acabou sendo internada em uma clínica psiquiátrica.

Uma pesquisa divulgada no dia 13 de abril mostrou que 78% dos alemães afirmaram respeitar totalmente as medidas de restrição impostas pelo governo; 18%, apenas parcialmente e 2%, muito pouco. No início do mês, uma pesquisa também apontou que 72% dos alemães estao satisfeitos com a forma que o governo da chanceler federal Angela Merkel vem lidando com a pandemia.

A Alemanha é o quinto país do mundo com mais casos de covid-19, com pelo menos 156 mil testes que tiveram resultado positivo. No entanto, a mortalidade tem sido significativamente mais baixa do que em países com números similares de casos. A Alemanha registrou 5.640 mortes até o momento, enquanto a França e o Reino Unido acumulam mais de 20 mil cada.

Fonte: DW

Sábado, 25 Abril 2020 15:52

Boeing desiste da compra da Embraer

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Em comunicado oficial, a Boeing anunciou neste sábado (25) que rescindiu o Contrato de Transações Mestre (Master Transaction Agreement) com a Embraer pelo qual as empresas buscavam “estabelecer um novo patamar de parceria estratégica”.

As partes planejavam criar uma joint venture composta pelo negócio de aviação comercial da Embraer e uma segunda joint venture para desenvolver novos mercados para a aeronave de transporte aéreo médio e mobilidade C-390 Millenium.

Segundo o acordo, assinado em janeiro de 2019, o dia 24 de abril de 2020 era a data limite inicial para a rescisão, passível de extensão por qualquer uma das partes caso algumas condições não fossem cumpridas.

A Boeing informou que exerceu seu direito de rescindir “após a Embraer não ter atendido as condições necessárias”.

“A Boeing trabalhou diligentemente nos últimos dois anos para concluir a transação com a Embraer. Há vários meses temos mantido negociações produtivas a respeito de condições do contrato que não foram atendidas, mas em última instância, essas negociações não foram bem-sucedidas. O objetivo de todos nós era resolver as pendências até a data de rescisão inicial, o que não aconteceu”, disse Marc Allen, presidente da Boeing para a parceria com a Embraer e operações do Grupo.

“É uma decepção profunda. Entretanto, chegamos a um ponto em que continuar negociando dentro do escopo do acordo não irá solucionar as questões pendentes”, completou o executivo.

A parceria proposta entre a Boeing e a Embraer havia recebido aprovação incondicional de todas as autoridades regulatórias, exceto da Comissão Europeia.

Segundo a Boeing, as duas fabricantes irão manter o contrato vigente relativo à comercialização e manutenção conjunta da aeronave militar C-390 Millenium, assinado em 2012 e ampliado em 2016.

Procurada, a Embraer ainda não comentou.

Em sua página numa rede social, o prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSDB), lamentou a rescisão do acordo.

“Em meio à crise e a Pandemia Mundial Boeing desiste de comprar Embraer. Vitória para todos aqueles que torciam contra esta parceria, PT, PSTU, Sindicato dos Metalúrgicos etc.... Na minha opinião uma péssima notícia para cidade. Boeing rescinde acordo comprar área da aviação comercial da Embraer”.

Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos criticou o acordo e celebrou a rescisão.

“O cancelamento da compra da Embraer pela norte-americana Boeing é uma reviravolta em uma transação marcada, desde o seu início, pelo desprezo aos interesses nacionais e dos trabalhadores da empresa brasileira”.

Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, teria financiado a construção de prédios ilegais da milícia do Rio de Janeiro com dinheiro público, do esquema de "rachadinha", coletado no antigo gabinete dele na Assembleia Legislativa do estado. Essa denúncia é do site de The Intercept Brasil, que teve acesso a documentos sigilosos do Ministério Público do Rio.

O avanço nas investigações do caso teria sido um dos motivos para a pressão de Bolsonaro para que Sergio Moro trocasse o comando da Polícia Federal do estado e em Brasília. No entanto, o ex-juiz não aceitou e acabou deixando o Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

Na entrevista coletiva em que anunciou a sua demissão, Moro declarou que o presidente queria alguém para quem ele pudesse ligar no comando da PF e que tinha existido interferência política nas investigações.

De acordo com o Intercept, as investigações cruzaram informações bancárias de 86 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema ilegal para descobrir como funciona o esquema. Flávio Bolsonaro receberia o lucro do investimentos da edificações por meio de repasses  do ex-capitão do Bope Adriano de Nóbrega, morto em fevereiro, e do ex-assessor Fábrício Queiroz.

Segundo o site, o esquema funcionava da seguinte maneira: Flávio pagava os seus funcionários com a verba do seu gabinete na Alerj. Na sequência, Queiroz, que é apontado como o articulador do esquema de rachadinhas e que o presidente afirmou no pronunciamento de sexta-feira conhecer desde a década de 1980, confiscava em média 40% dos vencimentos dos servidores e repassava esse valor para Adriano de Nóbrega, que é apontado pelas investigações como o chefe do Escritório do Crime, milícia especializada em assassinatos por encomendo.

A organização atua em Rio das Pedras e Muzema também na cobrança de "taxas de segurança", ágio na venda de botijões de gás, garrafões de água, exploração de sinal clandestino de TV, grilagem de terra e construção civil.

As duas favelas tiveram um grande boom de construções irregulares nos últimos anos. O lucro desses prédios, segundo as investigações, também era dividido por Flávio, considerado o financiador do esquema com dinheiro público.

O Ministério Público apurou que os repasses da rachadinha para o capitão Adriano acontecia por meio des contas da sua mãe, Raimunda Vera Magaçhães, e sua mulher, Dabielle da Costa Nóbrega. Ambas tinham cargos comissionados no gabinete do deputado na Alerj entre 2016 e 2017 e foram nomeadas por Queiroz.

As investigações apontam que a mãe e a mulher de Adriano movimentaram ao menos R$ 1,1 milhão durante o período analisado. Elas teriam feito repasse de dinheiro para algumas empresas, entre elas dois restaurantes, uma loja de material de construção e três pequenas construtoras, que teriam sido registrados em nomes de "laranjas" do Escritório do Crime

 

Fonte: Intercept

Sergio Moro mostrou, na noite de sexta-feira à TV Globo, uma alegada troca de mensagens entre si e Jair Bolsonaro, datada de quinta-feira, na qual Bolsonaro pretendia uma mudança no comando da Polícia Federal, justificando a necessidade da medida com uma investigação em curso contra deputados aliados do chefe de Estado.

Na conversa enviada por Moro à Globo, o Presidente enviou ao ex-juiz uma hiperligação de uma reportagem do 'site' "O Antagonista", dando conta que a Polícia Federal suspeitava do envolvimento de "dez a 12 deputados bolsonaristas" em relação a um grupo de disseminação de notícias falsas nas redes sociais ligado ao vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do mandatário.

A acompanhar a hiperligação, Bolsonaro escreveu: "Mais um motivo para a troca", referindo-se ao seu desejo de mudança na direção da Polícia Federal, cuja liderança estava a cargo de Maurício Valeixo, exonerado na manhã de sexta-feira.

Nessa troca de mensagens, Moro argumentou a Bolsonaro que a investigação em andamento não tinha sido movida por Mauricio Valeixo, acrescentando que esse inquérito estava a ser conduzido pelo juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

"As diligências são determinadas por ele [De Moraes], as quebras (de sigilo bancário ou telefónico) são determinadas por ele e as buscas são determinadas por ele", respondeu o então ministro da Justiça.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública do Brasil anunciou na manhã de sexta-feira, durante uma conferência de imprensa, em Brasília, a demissão do cargo que ocupa desde janeiro do ano passado.

"O Presidente disse-me, mais de uma vez, expressamente, que ele queria ter uma pessoa do contacto pessoal dele [para quem] ele pudesse ligar, [de quem] ele pudesse colher informações, [com quem] ele pudesse colher relatórios de inteligência. Seja o diretor [da Polícia Federal], seja um superintendente", declarou Sergio Moro.

Horas depois da demissão de Sergio Moro, Bolsonaro fez uma declaração, negando as acusações do ex-juiz, acrescentando que Moro condicionou a exoneração de Maurício Valeixo à sua nomeação para juiz do Supremo Tribunal Federal.

No ano passado, o chefe de Estado chegou a admitir a possibilidade de indicar Moro para magistrado do Supremo, em substituição do juiz Celso de Mello, que se vai aposentar este ano. Contudo, meses depois, Bolsonaro negou ter um compromisso com Moro nesse sentido.

Face às acusações de Bolsonaro, a TV Globo pediu a Sergio Moro provas de que ele não havia condicionado a troca no comando da Polícia Federal à sua indicação para o STF.

Para rebater as afirmações do chefe de Estado, o ex-juiz apresentou uma alegada troca de mensagens entre si e a deputada federal Carla Zambelli, aliada de Jair Bolsonaro, e que, aliás, marcou presença ao lado do Presidente na sua declaração contra Moro, na tarde de sexta-feira.

Nas mensagens apresentadas, Zambelli diz: "Por favor, ministro, aceite o Ramage", numa referência a Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apontado como próximo chefe da Polícia Federal.

"E em setembro vá para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer JB [iniciais de Jair Bolsonaro] prometer", acrescentou a deputada, cujo padrinho do seu casamento foi Moro.

Contudo, Moro afirmou que "não está à venda".

Carla Zambelli respondeu então: "Eu sei. Por Deus, eu sei. Se existe alguém que não está à venda é o senhor".

O procurador-geral da República (PGR) brasileiro, Augusto Aras, pediu na sexta-feira ao STF a abertura de um inquérito para apurar as acusações feitas pelo ministro demissionário da Justiça contra Jair Bolsonaro.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deixou o cargo nesta sexta-feira (24). O pedido de demissão vem um dia após o presidente Jair Bolsonaro anunciar a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, homem de confiança de Moro. O Jornal de Brasília informou a demissão com antecedência.

Nos bastidores, o agora ex-ministro vinha afirmando que deixaria o Ministério da Justiça se Valeixo fosse demitido da PF. Isso porque, na prática, Moro precisa manter alinhadas as ações entre PF e Ministério, o que poderia não mais ocorrer com a troca de cargo.

A exoneração de Valeixo foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quinta (23). O documento afirma que a demissão foi a pedido do ex-diretor-geral, o que não é confirmado. A medida traz também a assinatura de Moro, mas o agora ex-ministro não assinou o documento.

Um dos nomes cotados para assumir a PF é o do atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, continuará no governo após o presidente Jair Bolsonaro desistir, na tarde desta quinta-feira (23), de tirar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, do cargo.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Moro pediu demissão mais cedo assim que soube da intenção de Bolsonaro de promover a troca no comando da PF. Valeixo foi escolhido pelo próprio ministro para ocupar o cargo na Polícia Federal e é homem de confiança do ex-juiz.

Após o pedido de demissão, Bolsonaro convocou os ministros Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria do Governo, para demover Moro da ideia.

Esta não foi a primeira vez que Jair Bolsonaro falou em trocar o comando da PF. Desde o ano passado, o presidente tem tentado tirar Valeixo do cargo, sempre com a resistência de Moro. Em agosto, o presidente chegou a dizer que o diretor-geral era subordinado a ele, não ao ministro. “Está na lei que eu indico e não o Sergio Moro. E ponto final”, disse na época.

Além da crise com Valeixo, Bolsonaro também teve outro entrevero envolvendo a Polícia Federal no ano passado. Ele tentou trocar o então superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por Alexandre Silva Saraiva, que trabalhava no Amazonas. Saadi, no entanto, foi substituído por Carlos Henrique Oliveira Sousa, de Pernambuco, por decisão da corporação.

Um dos nomes mais populares do governo Bolsonaro, Sergio Moro assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública em janeiro de 2019, junto com a posse do presidente.

 
 

Quinta, 23 Abril 2020 18:29

Sergio Moro abandona governo Bolsonaro

Escrito por

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (23) após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informá-lo de que trocaria o comando da Polícia Federal. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo e ainda não há confirmação oficial.

De acordo com a reportagem da Folha, o pedido de desligamento do governo teria ocorrido após o presidente informar ao ministro que pretende trocar a diretoria-feral da Polícia Federal (instituição subordinada à pasta comandada por Moro), e que atualmente é comandada por Maurício Valeixo.

A mudança no comando da PF é algo que vem sendo cogitado pelo presidente desde o ano passado. Maurício Valeixo foi escolhido por Moro para ocupar o posto e é um homem de confiança do ex-juiz.

Fonte: F.S.Paulo

Milhares de pássaros foram encontrados doentes ou mortos na Alemanha nas duas últimas semanas, fazendo com que cientistas e grupos de conservação abram investigação para tentar solucionar o caso.

Segundo o The Guardian, o grupo alemão de conservação Nabu registrou 11 mil casos, a maioria no Oeste do país.

A espécie atingida é a dos chapins-azuis, uma das mais comuns na Europa. São aves que se alimentam de insetos, sementes, lagartas e nozes.

Os pássaros encontrados doentes apresentavam problemas respiratórios, recusavam alimentação e não fugiam na aproximação de humanos. Com isso, foi aconselhado que as pessoas não deixem água para os pássaros na região, para evitar risco de contaminação.

Os primeiros testes apontam que uma bactéria pode ser responsável pelas mortes, a Suttonella ornithocola. Se confirmada, a infecção causa pneumonia nos chapins, principalmente os azuis. O mal não é transmitido para outras espécies de animais.

Fonte: The Guardian

O ex-candidato presidencial Ciro Gomes e o presidente do PDT, Carlos Lupi, protocolaram nesta quarta-feira (22) um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro por sua participação nos atos de defesa de um novo AI-5.

Com isso, os casos sob análise do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegam a 24, incluindo pedidos de parlamentares do PSOL e um do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), ex-aliado de Bolsonaro.

O documento de Ciro e Lupi acusa Bolsonaro de cometer crime de responsabilidade por ter incentivado atos contra Legislativo e Judiciário no último domingo (19). Na manifestação, que pedia intervenção militar no país, apoiadores do presidente fizeram críticas ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o pedido, "a incitação de manifestação contra os Poderes constituídos, a presença, apoio e endosso do presidente da República a pedidos de ruptura da ordem constitucional, do fechamento do Congresso Nacional e do STF" e a adoção de atos institucionais autoritários são uma "afronta ao princípio da separação dos Poderes, sendo, portanto, crimes de responsabilidade".

O texto afirma ainda que Bolsonaro descumpriu orientações da  Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e de normas de estados e municípios quanto à adoção de medidas de prevenção de contágio do coronavírus.

O pedido lembra que a experiência em outros países demonstra que grande parte da população terá contato com o vírus, mas que, ainda assim, é preciso tomar medidas para reduzir a velocidade de contágio, de forma a impedir que o sistema de saúde entre em colapso.

"As atitudes mesquinhas do denunciado resguardam apenas os interesses escusos do capital, no que se olvida que a fatura da pandemia da covid-19 não pode ser paga com vidas alheias, em patente desrespeito a direitos individuais e sociais", afirma o texto.

O documento estabelece que as condutas de Bolsonaro "encerram um atentado contra o exercício dos direitos individuais e sociais, ao passo que também violam patentemente as garantias individuais e os direitos sociais assegurados pela Constituição Federal de 1988".

O pedido se soma aos demais que estão na Câmara. Maia, hoje rompido com Bolsonaro, é o responsável por analisar de forma monocrática se dá ou não sequência aos pedidos de impeachment. Ele não tem prazo para tomar essas decisões.

Caso seja dada sequência, o caso é analisado por uma comissão especial e, depois, pelo plenário da Câmara. Somente com o voto de ao menos 342 dos 513 deputados é autorizado que o Senado abra o processo.

Nesse caso, Bolsonaro seria afastado até a conclusão do julgamento - ele perderia o mandato caso pelo menos 54 dos 81 senadores votassem nesse sentido.

O Brasil já teve dois episódios de impeachment: o de Fernando Collor (1992), que renunciou antes da decisão final do Senado, e o de Dilma Rousseff (2016).

O número de mortes causadas pelo novo coronavírus nos Estados Unidos cresceu para 44.575, de acordo com a atualização de hoje (22) do CDC (Centro para o Controle e Prevenção de Doenças americano). O número de casos confirmados atingiu 802.583.

Em relação a ontem, foram 26.490 novos casos confirmados da covid-19 no país, um crescimento de 3,4%. O ritmo é menor do que o registrado no dia anterior: de anteontem para ontem o aumento foi de 3,9% (de 746.625 para 776.093 casos).

Já o ritmo de mortes regrediu em relação ao dia anterior, com aumento de cerca de 6,7% (41.758 para 44.575). De anteontem para ontem, o crescimento foi de 6,8% (39.083 para 41.758).

O Estado de Nova York é o que registra o maior número de casos oficiais da covid-19 nos Estados Unidos, com um total de 216.703, seguido por Nova Jersey (75.317 casos) e Massachusetts (32.181 casos).

Considerados os casos oficiais e as mortes, a taxa de letalidade da covid-19 nos Estados Unidos é de 5,5%.

O maior pico de novos casos de coronavírus foi registrado no dia 5 de abril, quando o país confirmou 63.455 novos infectados pela doença.

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