O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, continuará no governo após o presidente Jair Bolsonaro desistir, na tarde desta quinta-feira (23), de tirar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, do cargo.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Moro pediu demissão mais cedo assim que soube da intenção de Bolsonaro de promover a troca no comando da PF. Valeixo foi escolhido pelo próprio ministro para ocupar o cargo na Polícia Federal e é homem de confiança do ex-juiz.
Após o pedido de demissão, Bolsonaro convocou os ministros Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria do Governo, para demover Moro da ideia.
Esta não foi a primeira vez que Jair Bolsonaro falou em trocar o comando da PF. Desde o ano passado, o presidente tem tentado tirar Valeixo do cargo, sempre com a resistência de Moro. Em agosto, o presidente chegou a dizer que o diretor-geral era subordinado a ele, não ao ministro. “Está na lei que eu indico e não o Sergio Moro. E ponto final”, disse na época.
Além da crise com Valeixo, Bolsonaro também teve outro entrevero envolvendo a Polícia Federal no ano passado. Ele tentou trocar o então superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por Alexandre Silva Saraiva, que trabalhava no Amazonas. Saadi, no entanto, foi substituído por Carlos Henrique Oliveira Sousa, de Pernambuco, por decisão da corporação.
Um dos nomes mais populares do governo Bolsonaro, Sergio Moro assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública em janeiro de 2019, junto com a posse do presidente.