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Domingo, 15 Dezembro 2019 00:47

Norte do país foi a região que mais cresceu em Portugal

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De acordo com os resultados provisórios das contas regionais de 2018, estima-se que todas as regiões tenham registado crescimentos do PIB em termos reais, embora com intensidades diferenciadas, sendo a região norte (2,9%) e a área metropolitana de Lisboa (2,6%) as únicas com crescimento superior à média nacional, que se situou nos 2,4%. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, o crescimento no norte do país foi impulsionado pelo turismo e pela indústria e energia.

No Algarve o crescimento foi idêntico ao do país, enquanto no Centro (2,2%) e na região autónoma dos Açores (2%) o PIB registou crescimentos mais moderados. O Alentejo e a região autónoma da Madeira apresentaram as variações do PIB mais baixas (1,0% e 0,6%, respetivamente).

Os resultados finais de 2017 revelaram que as assimetrias do PIB per capita entre as 25 regiões portuguesas atingem a sua expressão máxima na comparação do Alentejo Litoral (138,9) com a do Tâmega e Sousa (60,8). Note-se que, face a 2016, verificou-se um aumento da disparidade regional neste indicador, passando a diferença entre essas duas regiões de 72,1% para 78,1%, sobretudo devido ao crescimento do PIB per capita do Alentejo Litoral.

Ainda assim, no contexto da União europeia, considerando a informação referente a 2017 por regiões NUTS II, Portugal destacava-se por ser um dos países com assimetrias regionais mais baixas em termos do PIB per capita.

 

Fonte: Jornal SOL

A proposta do Partido Comunista Português (PCP) prevê que qualquer criança nascida em Portugal obtenha a nacionalidade, "desde que um dos seus progenitores seja residente no nosso país", lê-se no projeto. O PCP também propõe que "na aquisição da nacionalidade por naturalização, os cidadãos nascidos em Portugal a possam adquirir, sem que isso dependa do tempo de residência em Portugal dos seus progenitores".

Atualmente, filhos de estrangeiros que nascem no país só recebem a cidadania portuguesa se um dos pais estiver em situação de residência legalizada há pelo menos dois anos. Esta é a alteração em vigor mais recente, aprovada em julho do ano passado.

"É uma burocracia", conta a fisioterapeuta Shirley Lambertucci, que deu à luz a uma menina no último mês de novembro. A família se mudou de Belo Horizonte para Braga, região norte de Portugal, no início deste ano. "No próprio hospital nós fazemos o registro depois do nascimento. A pessoa que estava fazendo perguntou ao meu marido: 'vocês estão há mais de dois anos em Portugal?' Ele disse que não. Ela respondeu: 'que pena, então ela não é portuguesa'. Depois, com o registro de nascimento do hospital e nossos documentos, meu marido teve que ir ao Consulado do Brasil no Porto."

É para um dos Consulados Gerais – nas cidades do Porto, Lisboa e Faro – que os cidadãos brasileiros que têm filhos em Portugal devem se dirigir para solicitar a certidão de nascimento da criança. A medida não apenas regulariza a situação perante o Brasil, mas é fundamental para que o bebê possa estar também dentro da lei portuguesa. "No Consulado, o registro de nascimento leva sete dias para sair. Depois que sai, precisamos agendar um novo procedimento, a emissão do passaporte brasileiro. Você nunca imagina que um recém-nascido precisa de um passaporte, mas preciso dele para reagrupá-la", conta Shirley.

O reagrupamento é o procedimento feito junto ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), órgão que trata das questões de imigração em Portugal, para conceder uma autorização de residência no país a um novo membro de uma família que já está regularizada. "Eu preciso reagrupar alguém que nasceu aqui? Preciso de um passaporte de outro país, se ela nasceu em solo português? A gente já tinha essas informações sobre o processo, mas acho muito importante a alteração e facilitaria imensamente a vida dos estrangeiros. Nós somos brasileiros e fazemos questão do registro brasileiro, mas ter a nacionalidade portuguesa abre muitas portas e facilitaria se o 'princípio do solo' existisse", diz Shirley.

O "princípio do solo" ou "jus soli", como é referido nos documentos oficiais, é invocado tanto pelo Partido Comunista Português quanto pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que também teve seu projeto de lei aprovado em primeira votação.

A proposta do PAN alarga a facilidade de naturalização para os filhos de estrangeiros nascidos em Portugal depois de 25 de abril de 1974, quando o país saiu de uma ditadura para o regime democrático, e antes da entrada em vigor da atual Lei da Nacionalidade, em 1981. "Pretende-se corrigir uma situação de injustiça que existe relativamente a um conjunto de cidadãos. Situações de não documentação, que contribuíram para ostracização e exclusão social", defendeu a deputada Inês Sousa Real, do PAN, durante o debate.

As propostas dividem o parlamento. Para os partidos contrários, as facilidades podem aumentar problemas relacionados à imigração ilegal no país. "Em Portugal, temos neste momento uma das legislações mais amplas da Europa. Ainda nem tivemos tempo de avaliar os efeitos da ampliação de 2018 e agora já querem ampliar. É preciso bom senso. A atribuição da nacionalidade não pode ser um convite à imigração ilegal", disse a deputada Catarina Rocha Ferreira, do Partido Social Democrata (PSD).

De acordo com o SEF, 32.414 pedidos de nacionalidade portuguesa foram aprovados em 2018, a maioria deles para brasileiros: 11.586.

Os projetos de lei do PCP e do PAN passam agora para avaliações em comissões específicas e ainda devem retornar para uma votação final. Além dos dois, existe um terceiro, do Bloco de Esquerda, que também propõe alterações à Lei da Nacionalidade. Mesmo tendo sido debatida, a proposta, a pedido do partido, não entrou na votação geral, mas poderá voltar em até 90 dias.

 

Fonte: Sputinik

 

 

 

A inscrição de advogado brasileiro na Ordem dos Advogados Portugueses(OA), tendo em vista o acordo de reciprocidade celebrado entre as Ordens dos Advogados do Brasil e de Portugal, se tornou um procedimento meramente burocrático - esse procedimento pode inclusive ser realizado por Procuração sem a necessidade dos advogados brasileiros se deslocarem até Portugal para se inscreverem Presencialmente na Ordem Portuguesa.

 

*** Quaisquer dúvidas sobre o procedimento de inscrição na Ordem dos Advogados Portugueses não hesite em nos contactar pelo WhatsApp +351 910 751 879.

 
Quinta, 12 Dezembro 2019 12:54

Brasileiros substituem chineses nos vistos gold

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O regime das Autorizações de Residência para Atividade de Investimento (ARI), conhecido como "vistos gold", captou 601,5 milhões de euros desde o início do ano, crescendo apenas 1% face ao mesmo período do ano anterior. A queda do investimento chinês foi compensada em Setembro pelo forte crescimento do Brasil.

O investimento proveniente da China por via de ARI atingiu 180 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, menos 23 milhões do que no ano anterior, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Entre janeiro e setembro foram concedidos 323 vistos 'dourados' a cidadãos de origem chinesa.
 
Já o investimento brasileiro, por via da ARI, ascendeu a 132,6 milhões, mais 46,5% que um ano antes, num total de 176 vistos. O oriundo da Turquia recuou 48,5% entre janeiro e setembro, face ao mesmo período de 2018, para 38,5 milhões de euros. Até setembro fora atribuídos 71 ARI a cidadãos turcos.
 
No 'top 5' do investimento por nacionalidades, constam ainda os Estados Unidos, totalizando 38,5 milhões de euros até setembro, com 49 ARI concedidos. A Rússia, com 40 vistos 'gold', totalizou um investimento de 26,3 milhões de euros neste período.
 
Em setembro, o investimento total proveniente de ARI ascendeu a 48,45 euros, uma subida de 29,7% face ao registado em igual mês de 2018 (37 milhões de euros). Já face ao mês anterior regista-se uma diminuição de 41%.
 
Em quase sete anos – o programa ARI foi lançado em outubro de 2012 –, o investimento totalizou 4.851 milhões de euros, com a aquisição de imóveis a somar 4.378 milhões euros. Os vistos "dourados" atribuídos por via da transferência de capital ascendem a 472,5 milhões euros.
 
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 7.960 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018 e 998 em 2019.
 
Fonte: Jornal de Negocios

A legislação conhecida como “AMIGOS Act”, que abre duas categorias de vistos de negócios a portugueses nos EUA, foi aprovada terça-feira à noite com apoio bipartidário na Câmara dos Representantes do Congresso.

O congressista luso-descendente Jim Costa, que co-patrocinou a legislação introduzida pelo democrata David Cicilline no início da sessão legislativa, em Janeiro, apelou aos membros do Senado dos Estados Unidos que sigam o exemplo da Câmara dos Representantes.

“Peço agora ao Senado que se junte à Câmara e adope esta legislação de senso comum que trará prosperidade partilhada aos nossos dois grandes países”, afirmou Jim Costa, em comunicado.

A proposta de lei H.R. 565, “Advancing Mutual Interests and Growing Our Success” (AMIGOS) Act, enquadra o acesso dos portugueses aos vistos E-1 e E-2, reservados para pessoas que queiram entrar nos Estados Unidos para trocas comerciais ou investimentos significativos.

“Esta proposta bipartidária não só ajudará a criar mais empregos americanos e aumentar o investimento no país, mas também irá fortalecer ainda mais os laços entre os Estados Unidos e Portugal – um dos nossos aliados mais antigos”, considerou o congressista.

Costa, que é co-presidente do Caucus Luso-Americano do Congresso, foi reeleito em 2018 como representante do 16.º distrito da Califórnia, uma região do vale de São Joaquim onde há uma comunidade luso-americana expressiva.

O democrata foi co-signatário do AMIGOS Act ao lado do também luso-descendente Devin Nunes, que representa o 22.º distrito da Califórnia pelo Partido Republicano.

A proposta tinha sido aprovada pela Comissão Judiciária no final de Outubro e seguiu para a Câmara dos Representantes com um pedido de celeridade feito por David Cicilline, o democrata que representa o 1.º distrito de Rhode Island e lidera a legislação.

Chega agora ao Senado pelas mãos dos senadores Sheldon Whitehouse, democrata eleito por Rhode Island, e Pat Toomey, republicano eleito pela Pensilvânia. Se for novamente aprovada, será enviada ao Presidente Donald Trump para promulgação.

FACILITAR NEGÓCIOS

Em comunicado, David Cicilline referiu que a abertura dos vistos aos portugueses irá facilitar as trocas de negócios entre Portugal e Estados Unidos e elogiou o papel dos luso-americanos e portugueses no estado de Rhode Island.

“Esta legislação vai quebrar as barreiras que atualmente limitam os investimentos portugueses nos negócios e projetos americanos”, afirmou o congressista, sublinhando “o forte relacionamento” entre os dois países.

Os vistos E-1 e E-2 já estão disponíveis para outros países europeus e a intenção é integrar Portugal nesse lote, tendo em conta o volume de trocas entre empresas portuguesas e norte-americanas, que ultrapassam os quatro mil milhões de dólares anuais.

Uma primeira versão do AMIGOS Act tinha sido introduzida na sessão legislativa anterior, mas não chegou a ser votada.

No texto da legislação, que foi novamente introduzida a 15 de Janeiro de 2019, explicita-se que a abertura do E-1 e E-2 aos portugueses será feita com a condição de o Governo português oferecer o mesmo estatuto não-imigrante a cidadãos norte-americanos que queiram fazer este tipo de investimentos em Portugal.

Além de Jim Costa e Devin Nunes, a proposta teve o apoio na Câmara dos Representantes de TJ Cox, que derrotou o luso-descendente David Valadão no 21.º distrito da Califórnia em 2018, Ro Khanna (17.º distrito da Califórnia), Zoe Lofgren (19.º distrito da Califórnia), Bill Keating (9.º distrito de Massachusetts) e Sheila Jackson Lee (18.º distrito do Texas).

 

Fonte: Lusa

 

A 3ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul (TJMS) decidiu, por unanimidade, que a cobrança da taxa de conveniência na troca de milhagem por passagens aéreas por parte das empresas é abusiva. A decisão é decorrente de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Mato Grosso do Sul em desfavor de uma companhia aérea com a finalidade, inclusive, de proibir a cobrança de tal taxa pelo sistema de call center ou pela internet. Fora deferida tutela provisória para que a companhia aérea não cobre tal taxa, sob pena de multa de R$ 5.000,00, limitada a R$ 250.000,00, a ser recolhida ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor.Por considerar que o consumidor não contrata a taxa de conveniência na troca de milhagem, a mesma foi considerada abusiva, conforme art. 39, inciso V do Código de Defesa do Consumidor (CDC):"Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas
...
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;"

 
Além disso, a companhia não poderá mais:
 
a) condicionar as condições do programa de pontos ao pagamento de tal taxa;
 
b) não condicionar a desistência de tal contratação fora do estabelecimento por prazo igual ou inferior ao previsto no Código de Defesa do Consumidor à aquisição de qualquer outro produto ou serviço, nos termos do art. 49  do Código de Defesa do Consumidor, nos casos de contratação fora do estabelecimento;
 
c) não condicionar a isenção da taxa ao uso do aplicativo ou plataforma específica;
 
d) dar publicidade, em todos os seus canais, do conteúdo integral da decisão, dando destaque à expressão “taxa de conveniência-decisão judicial” sempre que houver acesso à página e ao aplicativo da empresa acionada, bem como no locais de venda fixa, além de manter cópia da decisão nos atos futuros praticados com consumidores.


Diante de tais abusos, a decisão do TJMS, de fato, é acertada, uma vez que a companhia aérea impõe o fornecimento de um serviço de vantagens condicionada ao pagamento de uma taxa que não há previsão legal para ser cobrada, podendo ser considerada venda casada, conforme art. 39, I, do CDC.

 
Quarta, 11 Dezembro 2019 12:40

Estação Ferroviária do Rossio

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A Estação Ferroviária do Rossio, originalmente conhecida como Gare do Rocio ou Estação Central de Lisboa, é uma interface da Linha de Sintra, sendo uma das principais estações de Lisboa, capital de Portugal.

Está situada junto à Praça do Rossio, no centro da cidade.

Começou a ser planeada e construída na Década de 1880, como um ramal da Linha de Cintura, tendo sido inaugurada em 18 de maio de 1890.

Como estação central de Lisboa, tornou-se o terminal dos principais comboios nacionais e internacionais de passageiros, como o Sud Expresso.

A estação foi alvo de várias intervenções ao longo dos anos, incluindo a instalação da iluminação eléctrica em 1894, e de novos relógios na década de 1900.

Nos anos 50, foram feitas grandes obras de modernização na Gare do Rossio, que incluíram a electrificação da via férrea, embora a estação tenha perdido grande parte da sua importância com a transferência dos comboios de longo curso para Lisboa-Santa Apolónia.

Em meados da década de 1970, entrou ao serviço o Centro Comercial do Rossio, e na década de 1990 iniciou-se um novo programa para a modernização da Gare do Rossio e do Centro Comercial do Rossio.

Quarta, 11 Dezembro 2019 06:07

Lei da Nacionalidade será discutida hoje no Parlamento

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A Lei da Nacionalidade vai voltar à Assembleia da República na quarta-feira com a discussão dos projetos do BE, PCP, PAN e Livre, cerca de um ano depois de terem entrado em vigor as últimas alterações.

A Lei da Nacionalidade já sofreu várias alterações e a última foi em julho de 2018, quando foi alargado o acesso à nacionalidade originária aos filhos e filhas de imigrantes que residam há dois anos em Portugal.

No entanto, o Bloco de Esquerda (BE) considera que estes desenvolvimentos ficam "muito aquém" e defendem que "o jus soli [quem nasce em Portugal] deve ser assumido como o princípio norteador da atribuição de nacionalidade em Portugal".

O projeto lei do BE pretende a atribuição da nacionalidade portuguesa a todas as pessoas nascidas em Portugal a partir de 1981, eliminando-se os critérios de um dos progenitores ter nascido no país e aqui ter residência ao tempo do nascimento da criança.

O Bloco de Esquerda quer também que se acabe com "a perversa norma que impede a aquisição da nacionalidade portuguesa aos cidadãos estrangeiros que tenham sido condenados a pena de prisão igual ou superior a três anos".

Por sua vez, o projeto do Partido Comunista Português (PCP) propõe que possam ser portugueses os cidadãos nascidos em Portugal, "desde que um dos seus progenitores seja residente no nosso país, e que na aquisição da nacionalidade por naturalização, os cidadãos nascidos em Portugal a possam adquirir, sem que isso dependa do tempo de residência em Portugal dos seus progenitores".

"Faz todo o sentido considerar portugueses de origem todos os filhos de cidadãos não nacionais, nascidos em Portugal, desde que esse nascimento não tenha sido meramente ocasional numa passagem por Portugal de pessoas nem cá residem nem cá querem residir, ou que cá tenham vindo com o único propósito de obtenção de nacionalidade portuguesa por mera conveniência não tendo nem pretendendo ter qualquer outra relação com a comunidade nacional", ressalva o projeto do PCP.

Já o projeto do Livre prevê a atribuição da nacionalidade aos cidadãos nascidos em Portugal entre 1981 e 2006 "por mero efeito da lei, independentemente da apresentação de prova de residência legal de um dos seus progenitores".

O Livre quer também fazer depender a aquisição da nacionalidade por casamento ou união de facto "por mera declaração" e definir a residência efetiva e não a residência legal no que diz respeito à contagem do tempo para atribuição da nacionalidade portuguesa.

O projeto de lei do Partido Animais e Natureza (PAN) alarga o acesso à naturalização às pessoas nascidas em Portugal após o 25 de Abril de 1974 e antes da entrada em vigor da Lei da Nacionalidade.

A proposta do PAN procura assegurar "a correção de uma situação de injustiça que existe relativamente a um conjunto de cidadãos, nomeadamente afrodescendentes nascidos em Portugal, entre 1974 e antes da entrada em vigor da Lei da Nacionalidade, a quem a lei não reconheceu o direito à nacionalidade portuguesa", sendo uma "situação socialmente delicada, uma vez que em muitos casos deu origem a situações de não documentação que contribuíram para uma grave ostracização destes cidadãos".

Fonte: Lusa

 

Escrevo esse texto em Lisboa, a capital de Portugal. Cheguei aqui dia 30 de novembro e o objetivo da minha viagem não foi comer bacalhau, tomar vinho ou passear pela Avenida Liberdade, apesar de eu ter feito um pouco de tudo isso. O objetivo da minha viagem a Portugal foi aprender.
 
Eu vim acompanhada de outros 11 brasileiros, profissionais da área da saúde e envelhecimento, com a missão de conhecer estratégias, políticas e serviços de saúde e assistência social focados na população idosa. Essa expedição foi organizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia em parceria com a empresa internacional Dialog Health e foi denominada "A Reinvenção 60+ de Portugal". Portugal hoje é o segundo país mais envelhecido do mundo (só perde para o Japão) e 30% da população tem mais de 60 anos. Aqui existem mais pessoas idosas do que jovens. Um dos problemas que Portugal tenta resolver com suas políticas para o envelhecimento diz respeito ao cuidado dos idosos. Com poucos jovens na sociedade, cada vez mais há falta de pessoas para cuidarem dos mais velhos.
 
O que vemos hoje em Portugal veremos daqui há alguns anos no Brasil. Nosso país também está envelhecendo e este envelhecimento acontece de forma muito mais rápida do que aconteceu em Portugal. Nosso país tem uma população 23 vezes maior que a população portuguesa e nossos atuais 14% de idosos correspondem a 30 milhões de pessoas. Temos nas mãos um desafio de grandes proporções: preparar nosso país para esse envelhecimento.Temos muito a aprender com Portugal. Em Portugal existem diversas empresas de inovação e tecnologia. Aqui, por exemplo, visitamos empresas que desenvolveram a tecnologia da ligação telefônica automatizada (sem precisar dos cabos e telefonistas) e hoje desenvolvem tecnologia para a Telemedicina e a robótica. Os portugueses dizem que “estão a desbravar novamente os mares por meio da tecnologia”. Um ponto comum a todas as visitas técnicas que fizemos foi a palavra "parceria". Uma verdadeira sinfonia de “parcerias”. Aqui os chamados Consórcios são uma bela realidade! Visitamos dois consórcios que igualmente me encantaram: O Porto4aging (na cidade de Porto) e o Coimbra@aging (em Coimbra). Os dois consórcios envolvem um tripé composto pela universidade, pelo poder público (municipal) e pelas iniciativas privadas (empreendedores, prestadores de serviço particular e empresas de inovação e tecnologia). A lógica aqui é a da que “a união faz a força” e cada setor colabora no que lhe compete para o bem de todos e, principalmente, da população.
 
Outro ponto forte na viagem foi apreciarmos a capacidade de planejamento de Portugal. Eles planejam a década seguinte e muitas vezes atingem suas metas com anos de antecendência. Todas as decisões são baseadas nessas metas previamente definidas. Nada acontece ao acaso.
 
Foram 4 dias de visitas, muito conhecimento e troca de experiências. Aprendemos muito e, certamente, voltamos ao Brasil abastecidos de ideias e exemplos de boas práticas. Mas, como boa brasileira que sou, move-me mais o que me toca a emoção, e coisas muitos simples me tocaram. Uma imagem que levo foi a do trabalho de uma instituição do ramo social que faz assistência domiciliar. Eles não executam tarefas difíceis, na verdade eles oferecem o básico. Chegam à casa dos idosos por volta das 12h levando um almoço quentinho, depois arrumam sua cozinha, lhe dão um abraço apertado e seguem para a próxima residência. Simples assim. Volto com vontade de empilhar vários tijolos e construir altos muros. Por onde começar?  Precisamos do primeiro tijolo e esse deve ter como objetivo responder às necessidades humanas básicas, deve ser colocado em um terreno propício, e a energia desse trabalho deve ser a vontade genuína de promover mudanças para o bem comum.
 
Fonte: Juliana Duarte (Geriatra, especialista em cuidados paliativos)

O governo de Portugal informou que, pela primeira vez, em mais de 27 anos, o desemprego registado ficou abaixo das 300 mil pessoas.

O número de desempregados inscritos nos serviços de emprego, em junho de 2019, desceu para as 298,2 mil. Ao longo da atual legislatura, o desemprego registado já desceu 46,3%, o equivalente a menos 256,9 mil pessoas, com descidas de 60,0% do desemprego jovem (menos 41,5 mil) e de 48,1% do desemprego de longa duração (menos 125,2 mil).

A área governativa do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social refere, em comunicado, que, para encontrar um número mais baixo é preciso recuar a dezembro de 1991, altura em que se registaram 296,6 mil desempregados inscritos. Só no território Continental, o desemprego registado desceu para as 280,0 mil pessoas, o nível mais baixo em pelo menos 30 anos.

António Luís Santos da Costa é um jurista e político português. Foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa de 2007 a 2015. É o atual secretário-geral do Partido Socialista, desde novembro de 2014 e é primeiro-ministro de Portugal desde 26 de novembro de 2015.

O mesmo acontece nas regiões Centro (40,8 mil desempregados), Alentejo (13,5 mil) e Lisboa e Vale do Tejo (88,9 mil), onde o desemprego registado alcançou também os níveis mais baixos de que há registo.

No Norte (124,9 mil) o desemprego recuou para o patamar mais baixo em 17 anos, sendo que o desemprego registado no Algarve (7,9 mil) está em níveis comparáveis aos observados no início dos anos 2000.
 
Fonte: DW
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