Estados Unidos já tem mais de 4 mil mortes pela Covid-19
Escrito por adminOs Estados Unidos superaram a barreira de 4 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus na madrugada desta quarta-feira, número que dobrou em apenas três dias, de acordo com o balanço da Universidade Johns Hopkins.
O número de vítimas fatais chegou a 4.076, contra 2.010 no sábado. Mais de 40% das mortes aconteceram no estado de Nova Iorque. Na terça-feira, os Estados Unidos superaram o número de mortes da China, onde a epidemia começou em dezembro.
Além disso, o país registra 189.510 casos de Covid-19. Depois de minimizar em um primeiro momento o impacto do coronavírus, o presidente Donald Trump advertiu aos americanos que as próximas duas semanas "serão muito dolorosas".
Noivado da alta sociedade carioca resulta em uma morte, cinco hospitalizados e 30 casos de Covid-19
Escrito por adminA socialite carioca Mirna Bandeira de Mello, de 71 anos, morreu nesta segunda (23) em decorrência de infecção por coronavírus. Ela estava internada no hospital Samaritano, na Zona Sul carioca.
O caso, no entanto, ainda não aparece na estatística oficial de mortos pela pandemia no Rio de Janeiro. Uma fonte da Secretaria de Estado de Saúde explicou que, provavelmente, o laboratório responsável pelo teste ainda não enviou o resultado para a base de dados do governo que contabiliza as vítimas.
Dias antes de apresentar os sintomas da doença, Mirna esteve entre os convidados de uma comemoração de noivado que se tornou um foco de propagação do Covid-19. A confraternização resultou em 37 pessoas com sintomas relacionados ao coronavírus de acordo com a contagem de um parente dos noivos ouvido pelo site da ÉPOCA.
Era para ser um dia inesquecível para o casal Alessandra e Pedro, dois representantes de famílias tradicionais da sociedade carioca. Ele, filho de Maritza e do príncipe Alberto de Orléans e Bragança. Ela, herdeira de Bettina Haegler e Rafael Fragoso Pires.
(…)
PS: Além da socialite Mirna Bandeira de Mello ter morrido nesta segunda (23); outros cinco convidados estão hospitalizados e mais de 30 apresentaram sintomas de gripe.
Pastor tem prisão decretada após realizar culto para 500 pessoas nos EUA
Escrito por adminDe 140 casos de coronavírus no Amazonas, apenas dois são idosos
Escrito por adminO Amazonas registrou até o ultimo domingo, 29/3, 140 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, de acordo com dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e Secretaria de Estado de Saúde (Susam). Mas um dado chamou atenção na coletiva de imprensa. Até agora, apenas dois idosos estão nesta estatística, contrariando a tese de muitos que dizem que a doença só afeta os mais velhos.
"Em outros locais do mundo vemos os mais velhos ficando doentes e morrendo. No Amazonas a maioria dos casos está entre 30 e 49 anos. A maioria dos nossos casos, são de pessoas que estiveram fora do país ou em lugares que tem a situação ativa de transmissão comunitária. São pessoas que viajam a trabalho, a passeio", explicou a diretora da FVS-AM, Rosemary Pinto.
Dentre os casos confirmados de Covid-19 também há duas crianças de 4 e 10 anos. Os dois idosos têm 70 e 88 anos - 131 são de pessoas de Manaus e nove do interior do Amazonas, sendo 2 de Parintins, 2 de Manacapuru, 1 de Santo Antônio do Içá, 1 de Boca do Acre e 1 de Anori.
Fonte: Secretaria de Estado de Saúde (Susam)
Bolsonaro diz que Moro é egoísta e não o ajuda com coronavírus
Escrito por adminPresidente reclama da postura do ministro da Justiça e afirma a interlocutores que está desassistido juridicamente
A irritação do presidente já é sintetizada em uma montagem que circula em grupos de WhatsApp bolsonaristas e mostra o ministro da Justiça em três versões. Na primeira foto, Moro está com uma máscara na boca. Na segunda, a proteção cobre os olhos. Na terceira, duas máscaras tapam os ouvidos.
No final de semana, em conversa com interlocutores, Bolsonaro reclamou da postura do ex-juiz da Operação Lava Jato, dizendo que o ministro “só pensa nele” e “não está fazendo nada” para ajudar o governo na batalha que o presidente trava com os governadores.
Nas redes sociais, Moro tem se isentado de abraçar o discurso de Bolsonaro, que defende que as pessoas fora do grupo de risco voltem ao trabalho. Nesta segunda-feira (30/03), o ministro da Justiça, que já sofre pressão nos bastidores, deu seu recado no Twitter: “Prudência no momento é fundamental”.
A frase foi publicada junto com um artigo do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicado no jornal O Globo, em que faz um apelo aos magistrados dizendo que “é hora de ouvir a Ciência.” Moro fez questão de destacar um trecho do texto de Fux: “Está na ordem do dia a virtude passiva dos juízes e a humildade de reconhecer, em muitos casos, a ausência de expertise em relação à covid -19”.
O governo federal tem perdido batalhas consideradas cara a Bolsonaro contra governadores e prefeitos. Apesar de Bolsonaro defender um isolamento vertical, somente para idosos e pessoas com doenças, os Estados e municípios seguem adotando a quarentena como medida para controlar o avanço da covid-19.
Na semana passada, a Justiça do Rio derrubou decisão de Bolsonaro de reabrir os templos e as casas lotéricas. Outra derrota foi imposta quando o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, decidiu liminarmente que governadores e prefeitos podem determinar sobre as restrições de circulação de transporte. A decisão derrubou um trecho da medida provisória que restringe ao governo federal determinar o que são serviços essenciais.
No domingo, Bolsonaro disse que teve um “insight” para baixar um decreto para liberar “toda e qualquer profissão” a trabalhar. Auxiliares da área jurídica têm alertado o presidente que as decisões individuais da União, Estados e municípios podem acarretar uma série de ações judiciais questionando as medidas uns dos outros. Eles tentam convencer Bolsonaro que chegar a um consenso com governadores e prefeitos é mais eficaz.
O presidente, no entanto, não está convencido. Para ele, Moro, o qual considera o mais experiente e tem mais popularidade, deveria ajudar o governo na disputa jurídica. A conclusão do presidente, segundo relatos ao Estado, é que Moro, ao optar por não buscar auxiliar o governo fora dos temas diretamente à sua pasta, demonstra atuar somente no que lhe dá capital político. Moro já assinou decretos para restringir a entrada de estrangeiros no País.
A avaliação no círculo mais próximo de Bolsonaro é de que o ministro André Luiz Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU), embora seja tecnicamente bem preparado, é tímido politicamente e tem ficado aquém das expectativas do presidente na guerra que se transformou a crise do coronavírus. Já o ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência e responsável pela Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), mesmo tendo uma relação família com o presidente, tem adotado uma postura comedida. Para Bolsonaro, a parte jurídica está sem rumo.
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/bolsonaro-diz-que-moro-e-egoista-e-nao-ajuda-com-coronavirus
'Certificado de Imunidade' - a solução alemã para pôr fim à quarentena do Covid-19
Escrito por adminA medida prevê testes para determinar quem já desenvolveu anticorpos ao novo coronavírus. Esses poderiam iniciar um retorno à vida normal
Quem tiver tido covid-19 poderá, depois da realização de um teste que comprove a total recuperação, voltar à vida normal com um “certificado de imunidade”. Esta é a ideia que está a ser estudada na Alemanha para evitar que as medidas de contenção do coronavírus afectem a economia mais do que o estritamente necessário, revela a revista alemã Der Spiegel.
O objectivo dos investigadores do Centro Helmholtz para a Investigação de Doenças Infecciosas que estão a desenvolver o plano é testar 100 mil pessoas, dando certificados a todas as que, entretanto, tiverem desenvolvido os anticorpos e, portanto, a imunidade ao novo coronavírus, e que poderão assim regressar ao trabalho de forma normal. Com esta medida, a Alemanha espera conseguir ir gradualmente abrindo as escolas e permitindo ajuntamentos públicos de maior dimensão.
Até agora, os testes de sangue realizados a doentes infectados permitiam comprovar apenas o grau de imunidade que tinham desenvolvido em relação aos coronavírus em geral, e não ao covid-19 em particular. O trabalho dos investigadores do Centro Helmholtz, em Braunschweig, uma equipa liderada pelo epidemiologista Gerard Krause, vai permitir identificar os anticorpos para o covid-19, o que ajudará também a perceber exactamente quantas pessoas foram infectadas mesmo sem terem tido sintomas. Será também possível calcular com maior fiabilidade o grau de mortalidade provocado pelo novo coronavírus.
Segundo a Der Spiegel, o projecto deverá ser aprovado no início de Abril com os primeiros resultados esperados no final do mês. Os dados mais recentes indicam que o número de infectados na Alemanha atinge os 62 mil, com 541 mortos até agora. O caso alemão tem sido considerado um bom exemplo por ter conseguido manter uma taxa de mortalidade baixa. E as sondagens de popularidade revelam que a forma como o Governo tem lidado com a pandemia está a fazer crescer o apoio à chanceler Angela Merkel.
Tal como noutros países, a questão de como começar a aliviar as medidas de contenção da pandemia é, neste momento, central para os governantes. Ainda de acordo com a Der Spiegel, na Alemanha tem havido uma divisão entre os defensores da “linha dura”, entre os quais se contam governadores de alguns estados, e os mais moderados, grupo que inclui Angela Merkel. Estes defendem que se deve medir o impacto das medidas já em vigor e só em função disso avançar para outras mais restritivas, se for necessário. Ou, se a evolução for positiva, aliviar as mais rigorosas – e é precisamente aí que entra o cenário dos “certificados de imunidade”.
Abandonado por Trump, Bolsonaro diz: "temos que enfrentar o vírus como homem, porra!"
Escrito por adminApós "passear" em Brasília neste domingo 29/03/2020, Jair Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social, defendido pelas principais autoridades de saúde do mundo como a melhor estratégia para conter a disseminação do novo coronavírus.
“Temos um problema do vírus? Temos. Ninguém nega isso daí. Devemos tomar os devidos cuidados com os mais velhos, com as pessoas do grupo de risco. Agora, o emprego é essencial", disse ele em uma transmissão ao vivo.
E ainda houve tempo para outras observações peculiares:
“Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra. Não como um moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um dia. Queremos poupar a vida? Queremos. Na parte da economia, o Paulo Guedes tá gastando dezenas de bilhões de reais, que é do Orçamento, que é dinheiro do povo, se bem que nem dinheiro é. Pegamos autorização do Congresso para estourar o teto, que vai ser paga essa conta lá na frente".
Ele voltou a defender um isolamento mais restrito, apenas de idosos e doentes crônicos. E, para isso, apelou para um "argumento" sem pé nem cabeça:
"Tem mulher apanhando em casa. Por que isso? Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Como é que acaba com isso? O cara quer trabalhar, meu Deus do céu. É crime trabalhar?"
Bolsonaro cogita assinar, ainda amanhã, decreto determinando a volta ao trabalho em todo Brasil
Escrito por adminO presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (29) que cogita assinar um decreto para permitir que todas as profissões possam voltar a trabalhar. O presidente tem sido crítico a medidas restritivas impostas por governadores em alguns Estados em razão da pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, a paralisação de comércio e da circulação de pessoas causará um grande impacto na economia, o que pode levar a uma onda de desemprego e falta de sustento para trabalhadores informais.
“Eu estou com vontade, não sei se vou fazer, mas estou com vontade de baixar um decreto amanhã (segunda, 30): toda e qualquer profissão legalmente existente, ou aquela voltada para a informalidade, mas que for necessária para o sustento dos seus filhos, para levar o leite para os seus filhos, levar arroz e feijão para a sua casa vai poder trabalhar”, afirmou ao chegar no Palácio da Alvorada neste domingo, depois de fazer uma visita a vários locais da capital federal, como padarias, postos de combustível, mercados e farmácias. A entrevista do presidente foi transmitida nas redes sociais.
Bolsonaro disse ainda que irá recorrer da decisão judicial que derrubou decreto que permitia funcionamento de lotéricas no Brasil. Segundo ele, o serviço é, muitas vezes, a única agência bancária da cidade. “(A pessoa) vai ter que mudar de cidade para pagar o boleto, para receber seu dinheiro do Bolsa Família. Derrubaram e vou ter que recorrer. Vamos começar agora uma guerra de liminares”, afirmou.
Fonte: O Globo
Otávio Mesquita incentiva população a voltar às ruas e ao trabalho
Escrito por adminEm entrevista ao Painel, da Folha de S. Paulo, ele diz que a Organização Mundial da Saúde (OMS) só pensa nos países “bilionários”. “Os Estados Unidos têm trilhões, a Alemanha tem ouro. Se tivéssemos o dinheiro dos Estados Unidos eu também falaria para todo mundo ficar em casa”, afirmou Mesquita.
Mesquita se ofereceu para participar da campanha mais uma vez sem cobrar qualquer valor, como fez da primeira vez. “Não podemos e não vamos parar o país. Como as pessoas vão comer? Vai ao posto de gasolina e não consegue abastecer?”, indaga.
SEF fechará a partir de segunda-feira e só atenderá casos urgentes
Escrito por adminO SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) não terá mais atendimento ao público nos balcões a partir da próxima segunda-feira, 30 de março. A medida vai de encontro ao Estado de Emergência que está em vigor em Portugal no combate ao coronavírus.
O SEF é o órgão do governo português responsável por emitir documento de autorização de residência em Portugal, entre outros.
Se você tinha um agendamento para o SEF, não deixe de ler esse post inteiro. Veja abaixo a nota que o SEF acaba de enviar à imprensa, entre eles o Portugal Online.
Nota à Comunicação Social
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vai pôr em prática, a partir da próxima segunda feira, um plano de gestão dos atendimentos e dos agendamentos que determina que, à data da declaração do Estado de Emergência Nacional (18 de março), todos os cidadãos estrangeiros com processos pendentes no Serviço encontram-se em situação de permanência regular em território nacional.
Este plano, determinado em Despacho do Ministro da Administração Interna (Despacho n.º 3863-B/2020 de 27 de março), prevê ainda o encerramento de todos os balcões do SEF, a partir da mesma data, considerando a necessidade de reduzir os riscos para a saúde pública associados aos atendimentos, quer ao nível dos trabalhadores do SEF quer dos próprios utentes.
Os documentos que atestam a situação de permanência regular são os formulados ao abrigo dos artigos 88.º, 89.º e 90.º‐A do Regime jurídico da entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional através de documento de manifestação de interesse ou pedido emitido pelas plataformas de registo em uso no SEF; e para os pedidos de concessões ou renovações de autorização de residência, seja do regime geral ou dos regimes excecionais, através de documento comprovativo do agendamento no SEF ou de recibo comprovativo de pedido efetuado.
Os comprovativos referidos são considerados válidos perante todos os serviços públicos, designadamente para obtenção do número de utente, acesso ao Serviço Nacional de Saúde ou a outros direitos de assistência à saúde, acesso às prestações sociais de apoio, celebração de contratos de arrendamento, celebração de contratos de trabalho, abertura de contas bancárias e contratação de serviços públicos essenciais.
Recorda-se que os vistos e documentos relativos à permanência de cidadãos estrangeiros em território nacional que expiraram depois de 24 de fevereiro, são válidos até 30 de junho. Estes documentos, assim como o Cartão de Cidadão, a Carta de Condução, o Registo Criminal e as Certidões, deverão ser aceites pelas autoridades públicas para todos os efeitos legais.
O SEF continuará a assegurar o atendimento presencial apenas para os pedidos considerados urgentes. Ou seja, cidadãos que necessitem de viajar ou que comprovem a necessidade urgente e inadiável de se ausentar do território nacional, por motivos imponderáveis e inadiáveis e cidadãos a quem tenham sido furtados, roubados ou extraviados os documentos.
O Serviço irá proceder, ainda, ao reagendamento dos atendimentos, que estavam previstos até ao dia 27 de março, a partir do próximo dia 1 de julho, por ordem cronológica, garantindo assim a igualdade de tratamento.
Ciro Gomes ameaça denunciar Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a Humanidade
Escrito por adminO ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou nas redes sociais que denunciará, junto com o PDT, o presidente Jair Bolsonaro ao Tribunal Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas, em Haia (Holanda), por genocídio e crime contra a humanidade.
A fala ocorre após posições do presidente pelo fim do isolamento social no País, incluindo uma campanha paga pelo Governo Federal pressionando governadores pela revogação de medidas de quarentena decretadas para o combate da disseminação do novo coronavírus.
"O mundo inteiro está chocado com o que Bolsonaro está fazendo. Vamos levar ele a responder pelo que está fazendo no Tribunal de Haia (Tribunal Internacional de Justiça) como genocida, por crime contra a humanidade!", disse Ciro, no Twitter.
"Bolsonaro está preparando uma campanha publicitária para chamar o povo para voltar às ruas! É genocídio! O PDT Nacional vai entrar na Justiça pedindo a suspensão desta aberração! É o único governante no mundo a fazer isto", disse.
Fonte: Carlos Mazza
Governo Socialista de Portugal regulariza todos os Imigrantes que tenham pedidos pendentes no SEF
Escrito por adminDespacho publicado esta sexta-feira à noite refere que documento de pedido serve de comprovativo, funcionando como uma autorização de residência temporária. Dará acesso a todos os serviços públicos como Serviço Nacional de Saúde e apoios sociais. Requerentes de asilo também são abrangidos. Medida é “dever” de “sociedade solidária em tempos de crise”, diz ministro Eduardo Cabrita.
O Governo determinou que todos os imigrantes com pedidos de autorização de residência pendentes no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) passam a estar em situação regular e a ter acesso aos mesmos direitos que todos os outros cidadãos, incluindo apoios sociais. A medida abrange também os requerentes de asilo.
A data de referência é 18 de Março, dia da declaração do Estado de Emergência Nacional, e abrange os pedidos feitos pela lei de estrangeiros e lei de asilo para quem quer trabalhar (ao abrigo dos artigos 88 e 89) e para quem quer exercer actividade de docência, altamente qualificada ou cultural (artigo 90), ou outras situações de pedidos de concessões ou renovações de autorização de residência do regime geral ou dos regimes excepcionais.
O despacho, publicado na sexta-feira à noite, refere que serve de comprovativo o documento do agendamento no SEF ou o recibo com o pedido, bem como as chamadas manifestações de interesse ou pedidos emitidos pelas plataformas do serviço. Esses documentos “são considerados válidos perante todos os serviços públicos, designadamente para obtenção do número de utente, acesso ao Serviço Nacional de Saúde ou a outros direitos de assistência à saúde, acesso às prestações sociais de apoio, celebração de contratos de arrendamento, celebração de contratos de trabalho, abertura de contas bancárias e contratação de serviços públicos essenciais”. Segundo o SEF esclareceu mais tarde, irão funcionar como autorização temporária durante.O documento publicado em Diário da República tem como objectivo “garantir inequivocamente os direitos de todos os cidadãos estrangeiros com processos pendentes” no SEF, lê-se.
Em declarações o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que tutela o SEF afirmou: “Em Estado de Emergência a prioridade é a defesa da saúde e da segurança colectiva. É nestes momentos que se torna ainda mais importante garantir os direitos dos mais frágeis como é o caso dos migrantes. Assegurar o acesso dos cidadãos migrantes à saúde, à segurança Social e a estabilidade no emprego e na habitação é um dever de uma sociedade solidária em tempos de crise”.
O SEF não forneceu, ainda, o número de imigrantes com pedidos pendentes. Mas esclareceu que os balcões deste serviço fecham assim as portas e os atendimentos agendados até dia 27 de Março retomam a partir de dia 1 de Julho por ordem cronológica. Ou seja, os documentos com os pedidos feitos ao SEF não dispensam o processo iniciado antes, que terá que ser retomado quando os serviços voltarem ao normal. Os requerentes terão depois de aguardar contacto do SEF, e quem já tem a marcação feita não precisa de a voltar a fazer, disse ainda o gabinete de imprensa.
Segundo uma directiva recente do Governo, os vistos de permanência em Portugal cujo prazo de validade tenha terminado depois de 24 de Fevereiro são válidos até dia 30 de Junho.
O SEF admite ainda o agendamento urgente, por decisão dos directores regionais do SEF, a cidadãos que precisem de viajar ou que comprovem “a necessidade urgente e inadiável” de se ausentarem do território nacional, a “cidadãos a quem tenham sido furtados, roubados ou extraviados os documentos”.
Associações preocupadas
Na semana passada, cerca de 20 associações manifestaram a sua preocupação ao Governo com estes casos; escreveram uma carta onde pediam soluções. Nessa carta, as associações subscritoras sublinham que devem ser salvaguardados àqueles trabalhadores que se estão a regularizar, e que já fizeram descontos para a Segurança Social, o direito aos subsídios nos casos em que estão previstos para outros trabalhadores — se tiverem de ficar de quarentena, se ficarem contaminados, se tiverem de ficar em casa para tomar conta de filhos menores de 12 anos ou se forem despedidos por fecho temporário ou definitivo das empresas onde trabalham. Querem ainda que, no caso de despedimento, possam ter direito ao subsídio desemprego.
Flora Silva, da Olho Vivo, reportava dias antes: “Há muita gente a aguardar pelos títulos de residência e não é por culpa delas, é por responsabilidade dos atrasos do SEF. De um momento para o outro ficam sem emprego e não estão cobertos por nada. São eles e as famílias. Isto vai ser uma calamidade”.
Também esta semana dezenas de brasileiros, a maior comunidade estrangeira em Portugal com 151 mil cidadãos, pediram ajuda à embaixada para resolver a situação. Na lista há juristas, assistentes sociais, artistas, sommeliers, publicitários, realizadores, psicólogos, arqueólogos, professores, empregadas de limpeza, estudantes, escritores, ajudantes de cozinha: dezenas de assinaturas, e dezenas de profissões. Estão preocupados com o impacto da crise da covid-19.
Uma das formas mais comuns para um imigrante pedir a autorização de residência por motivos de trabalho, ao abrigo do artigo 88 e 89, é ter um contrato de trabalho e estar a descontar para a Segurança Social. Muitos ficam à espera da resposta do SEF durante meses.
A lei prevê também que possa ser regularizado quem tenha promessa de contrato de trabalho ou “uma relação laboral comprovada por sindicato, por representante de comunidades migrantes com assento no Conselho para as Migrações ou pela Autoridade para as Condições do Trabalho”, tenha entrado de forma legal, e esteja inscrito na Segurança Social (excepto quando há apenas promessa de contrato de trabalho). Desde o ano passado que os imigrantes que estão a trabalhar e a descontar para a Segurança Social há pelo menos 12 meses podem ter a autorização de residência mesmo que não tenham entrado no país de forma legal.
Os últimos dados mostram que houve um saldo positivo de 651 milhões de euros entre as contribuições dos imigrantes para os cofres do Estado (746,9 milhões de euros) e os benefícios que obtiveram com prestações sociais (95,6 milhões).
Fonte: Público
Sem isolamento, Covid-19 pode matar 1 milhão de brasileiros
Escrito por adminCálculo foi feito pela equipe do Imperial College de Londres, a mesma que fez o primeiro-ministro Boris Johnson mudar sua abordagem de combate à pandemia
Cálculo foi feito pela equipe do Imperial College de Londres, a mesma que fez o primeiro-ministro Boris Johnson mudar sua abordagem de combate à pandemia
A instituição divulgou um relatório nesta sexta-feira, onde uma equipe de 30 cientistas calculou o número de infectados, pacientes graves e mortos em cinco cenários de disseminação do vírus no país.
No cenário mais extremo, sem medidas de isolamento social (pode-se dizer que é o cenário defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores), o coronavírus pode contaminar cerca de 188 milhões de brasileiros, dos quais 6,2 milhões terão que ser hospitalizados e 1,5 milhão precisará ser internado em UTI. Neste caso, o número de mortes estimado é de 1.152.283.
Protegendo os idosos, o número de mortes chega a 530 mil, nos cálculos dos cientistas. Nesse cenário eles só devem sair de casa apenas em situação de absoluta necessidade. Os cálculos consideram a contaminação de 121 milhões de brasileiros, sendo que 3,2 milhões precisam ser hospitalizados e 702 mil ficam em tratamento em UTI.
No cenário mais extremo, que considera a supressão mais precoce, com abordagem mais radical e capaz de reduzir a sobrecarga hospitalar, morreriam 44 mil brasileiros. Seriam infectados pelo coronavírus 11 milhões de pessoas, das quais 250 mil precisariam de hospitalização e 57 mil, de UTI. No pico da pandemia, a necessidade de leitos de hospital seria de 72 mil; de UTIs, 15 mil.
Os cálculos elaborados pelo Imperial College de Londres levaram o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a mudar sua estratégia de abordagem contra o coronavírus. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
Governo Bolsonaro gasta R$4,9 mi em campanha publicitária contra quarentena do Covid-19
Escrito por adminO governo federal não consultou o Ministério da Saúde sobre a campanha “O Brasil não pode parar”, que custou 4,9 milhões de reais e convoca os brasileiros a não deixarem o trabalho durante a epidemia de coronavírus, contrariando recomendação de especialistas e a despeito de medidas de restrição adotadas por Estados, disseram duas fontes com conhecimento da situação.
De acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, o material foi encomendado e aprovado pelo Palácio do Planalto, sem passar pelo Ministério da Saúde. Segundo uma delas, o ministério não foi consultado e nem sequer avisado de que o material iria para o ar a partir de quarta-feira, como ocorreu.
O texto da campanha vai na contramão do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e mesmo do que diz o ministério, apesar de o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ter suavizado suas posições sobre as medidas de isolamento social nos últimos dias para diminuir o conflito com o presidente Jair Bolsonaro, que as atacou em pronunciamento em cadeia nacional nesta semana e em declarações públicas.
A empresa brasiliense iComunicação Integrada foi contratada por 4.897.855,00 reais na última terça-feira, com dispensa de licitação, para “disseminar informações de interesse público à sociedade, por meio de desenvolvimento de ações de comunicação”.
A dispensa foi publicada no Diário Oficial de quinta-feira, sob os nomes do secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, que está de licença médica desde que foi contaminado pelo coronavírus durante viagem presidencial a Miami no início do mês, e da secretária de Gestão e Controle da Secom, Maria Lúcia Valadares e Silva.
O argumento legal é o artigo da lei de licitações que prevê a dispensa de licitação “nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços”. Na semana passada, o Congresso aprovou declaração de calamidade devido à pandemia de coronavírus.
A primeira peça da campanha foi veiculada na conta do governo federal no Instagram, na quarta-feira. Em um fundo amarelo aparece a hashtagh “#O Brasil Não Pode Parar”. Embaixo, uma explicação de que a quase totalidade dos óbitos no mundo seria de idosos, e que os demais deveriam voltar à normalidade respeitando um distanciamento social.
Nesta sexta-feira, um vídeo de 1 minuto e 20 segundos da campanha começou a circular em redes de mensagens de aliados do Planalto, ainda sem definição de quando e onde começará a ser veiculado oficialmente.
Sobre imagens de ambulantes, feirantes e outros trabalhadores, com uma música sombria, um texto lido repete que para várias categorias de trabalhadores, “O Brasil não pode parar”.
“Para quem defende a vida dos brasileiros e as condições para que todos vivam com qualidade, saúde e dignidade, o Brasil definitivamente não pode parar”, encerra o narrador.
O mote é o mesmo defendido com insistência por Bolsonaro desde seu pronunciamento, na última terça-feira, quando convocou os brasileiros a voltarem ao trabalho, criticou governadores por estarem adotando medidas que considera muito duras e voltou a chamar o coronavírus de “gripezinha”.
Bolsonaro defende o chamado “isolamento vertical”, em que apenas as pessoas mais vulneráveis —idosos e pessoas com doenças crônicas— fiquem isoladas, enquanto o restante volte ao trabalho. Com a insistência do presidente, Mandetta disse na quarta-feira que o ministério iria estudar a medida.
Incentivados por Bolsonaro, alguns governadores mais alinhados com o governo federal, como o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e o de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), anunciaram que irão reabrir o comércio.
Na noite de quinta, em Balneário Camboriú (SC), houve uma carreata em defesa da abertura dos negócios. O vídeo foi publicado pelo presidente em suas redes sociais. No Twitter, a hashtag #OBrasilNãoPodeParar está nos primeiros lugares nos tópicos do dia.
Nesta sexta-feira, o PSOL entrou com uma representação contra o governo federal na Procuradoria-Geral da República questionando a campanha.
Fonte: Reuters - https://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKBN21E31L-OBRDN
Pastor que disse que Coronavírus era 'histeria' para 'derrubar Trump' morre de Covid-19 na Virgínia
Escrito por adminLandon Spradlin também era músico gospel e havia compartilhado mensagens dizendo para se proteger da praga com 'o espírito de Deus'. Ele foi uma das primeiras mortes no Estado norte-americano
O pastor cristão e músico gospel Landon Spradlin, de 66 anos, foi uma das primeiras mortes por coronavírus no Estado da Virgínia, nos EUA. As informações são do tablóide Raw Story.
Landon é apoiador do presidente norte-americano, Donald Trump, e já havia expressado uma visão negacionista sobre a pandemia da Covid-19, dizendo que a mídia estava fabricando uma "histeria em massa" para derrubar Trump. Nos comentários de sua publicação, ele chegou a admitir que o vírus era real, mas ressaltou que "a mídia está estimulando o medo e fazendo um trabalho ruim".
No mesmo dia, 13 de março, ele compartilhou a publicação de outro pastor dizendo para se proteger da praga com "o espírito de Deus".
O pastor morreu após se sentir mal em uma viagem para Nova Orleans com a esposa.
Bolsonaro determina reabertura de todas as igrejas do Brasil durante Pandemia
Escrito por adminCom o decreto, Bolsonaro abre brechas nas quarentenas impostas pelos Estados para conter o avanço do coronavírus
O presidente Jair Bolsonaro incluiu igrejas na lista de atividades consideradas essenciais que estão autorizadas a funcionar durante o estado de calamidade em vigor pela epidemia de coronavírus.
A mudança, feita por alteração no decreto que trata dos serviços essenciais, foi publicada nesta quinta-feira, 26, no Diário Oficial da União.
Segundo o texto, as “atividades religiosas, de qualquer natureza” estão incluídas nas atividades essenciais e devem funcionar de acordo com as regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
Em várias cidades, igrejas e outros locais religiosos foram proibidos de funcionar para evitar aglomerações, um dos maiores focos de transmissão do coronavírus.
Enquanto algumas igrejas voluntariamente suspenderam os serviços presenciais, em São Paulo, por exemplo, o Tribunal de Justiça garantiu o funcionamento dos locais de culto.
Na terça-feira, em pronunciamento em cadeia de rádio e TV, o presidente criticou as medidas de isolamento determinadas pelos Estados e pediu a “volta à normalidade”.
No final de semana anterior, em entrevista à tevê SBT, o presidente criticou especificamente o fechamento das igrejas, que chamou de “último refúgio das pessoas.” “O que eu vejo no Brasil, não são todos, mas muita gente, para dar uma satisfação para o seu eleitorado, toma providências absurdas… fechando shoppings, tem gente que quer fechar igreja, o último refúgio das pessoas”, disse.
“Lógico que o pastor vai saber conduzir o seu culto, ele vai ter consciência, pastor ou padre, se a igreja está muito cheia, falar alguma coisa. Ele vai decidir, até porque a garantia de culto, a proteção ao ambiente de culto, é garantida pela Constituição. Não pode o prefeito e o governador achar que não vai mais ter culto, não vai ter mais missa”, acrescentou.
Na Basília de Aparecida, o maior templo católico da América Latina, já suspendeu as missas após decisão da Justiça, que alegou preocupação em evitar aglomerações. Só perto do altar principal da igreja a capacidade é de mais de 30.000 pessoas. A medida já trouxe prejuízos para a região, como revelou a EXAME na semana passada.
As casas lotéricas também poderão abrir, segundo o decreto. Para Bolsonaro, 2.463 lotéricas estão fechadas por decreto no país e estaria havendo um “conflito de competências” no Brasil.
“Agora isso veio para nós e vocês vão poder trabalhar em paz”, disse em vídeo postado nas redes sociais.
Fonte: Exame
Comerciantes brasileiros organizam Carretas em apoio a discurso do presidente Bolsonaro
Escrito por adminCom o objetivo de pressionar Estados e Municípios a revogar Decretos que determinaram o fechamento de comércios classificados como não essenciais, redes sociais governistas e grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão a organizar, já para os próximos dias, através do Facebook, WhatsApp e outros similares, grandes Carreatas em todo Brasil.
O movimento que nasceu após o pronunciamento do presidente, que afirmou em rede nacional que o comércio deve voltar ao funcionamento, mesmo em meio à pandemia, ou caso contrário, a economia nacional entraria em colapso promete mobilizar milhões de pessoas em todos os Estados do país.
No chamamento, os organizadores pedem que os empresários não saiam de dentro dos veículos e usem máscaras.
No começo de março, eram menos de cem, na semana passada chegaram a 5 mil, e agora são mais de 40 mil registros e 537 mortos
A disseminação do coronavírus pelos Estados Unidos pode fazer com que o país passe a Europa e vire o novo epicentro da pandemia, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (24).
Os casos confirmados nos EUA explodiram em poucos dias. No começo de março, eram menos de cem, na semana passada chegaram a 5 mil, e agora são mais de 40 mil registros e 537 mortos.
Segundo a porta-voz da OMS, Margareth Harris, nas últimas 24 horas, 85% dos novos casos diagnosticados no mundo são provenientes dos EUA e da Europa, 40% deles em território americano.
Analistas acreditam que deve haver uma escalada ainda mais vertiginosa à medida que cresce também o número de testes feitos nos Estados, após semanas de atrasos de resultados e falta de material para executar os exames em hospitais e laboratórios.
Os primeiros diagnósticos confirmados do coronavírus foram na China, mas o holofote passou para a Europa, com a Itália recordista em casos e mortes, e agora a bússola parece estar se voltando aos EUA. Oficialmente, a OMS contabilizava 334 mil casos no mundo até segunda-feira, com 14,5 mil mortes.
— Mas devemos nos preparar para um salto importante com bases nos dados que recebemos ao longo da noite (de segunda-feira) — completou Harris.
As autoridades de saúde nos EUA priorizavam realizar o teste em pessoas que apresentassem os principais sintomas (febre e tosse seca) e haviam estado em contato direto com pacientes com diagnóstico positivo para o coronavírus. A morosidade do processo é outro fator que pode atrasar a atualização dos casos confirmados.
A previsão inicial é de cinco a sete dias para receber o resultado nos EUA mas, em Washington, por exemplo, esse prazo pode ser de mais de uma semana ou simplesmente não existir.
Até o fim da semana passada, 170 mil testes haviam sido feito nos EUA, segundo a Casa Branca, enquanto a Coreia do Sul, país com população seis vezes menor que a americana, tinha realizado 300 mil exames no mesmo período.
Com o crescimento exponencial dos casos em território americano, o presidente americano, Donald Trump, que inicialmente havia negligenciado a gravidade da crise, declarou emergência nacional no país, guerra ao que chamou de "inimigo invisível" e recomendou medidas de isolamento que implicaram no fechamento de escolas, bares, restaurantes, comércio e deixaram as ruas das grande cidades americanas praticamente desertas.
Trump aplicou um roteiro de isolamento social rigoroso para o país até 30 de março mas, depois disso, afirmou que vai avaliar o caminho a ser adotado nacionalmente. Desde a madrugada de segunda-feira (23), Trump tem dado indícios de querer flexibilizar medidas de distanciamento social que estão em vigor no país e já afetam 40% da população.
Sem dar detalhes, o presidente disse nesta terça-feira (24) à Fox News que quer ver os EUA reabertos até a Páscoa, ou seja, em menos de 20 dias, apesar de o protocolo de isolamento ser a principal orientação de organizações de saúde para impedir a propagação do vírus enquanto não há vacinas ou tratamentos disponíveis.
"Nosso povo quer retornar ao trabalho", escreveu Trump em seu Twitter em meio ao anúncio da organização. "Eles (americanos) vão praticar o distanciamento social e tudo o mais, e idosos serão monitorados de forma protetora e amorosa. Podemos fazer as duas coisas. A cura não pode ser pior (de longe) do que o problema."
O presidente se preocupa com o impacto que a paralisia econômica pode levar à sua campanha à reeleição, mas especialistas, inclusive de dentro do governo, dizem que relaxar qualquer medida de isolamento agora pode aumentar significativamente o número de mortos pela pandemia no país.
Ao mesmo tempo, governadores dos estados mais atingidos, como Nova York, Califórnia e Nova Jersey, têm implementado regras mais agressivas para tentar impedir o avanço do vírus. Nenhum deles proibiu completamente as pessoas de saírem de casa, mas o isolamento está em voga em pelo menos 16 dos 50 estados americanos.
Nova York, que concentrava 20 mil casos nesta terça-feira, ou seja, quase metade do total de infectados nos EUA, é um dos que têm lançado mão de medidas mais rigorosas.
Diante dos 157 mortos até aqui, o governador democrata Andrew Cuomo pediu o fechamento de tudo o que não fosse essencial e que as pessoas na rua ficassem no mínimo a dois metros de distância umas das outras.
Além das orientações de isolamento que agora ele mesmo ameaça afrouxar, Trump suspendeu os voos da China, Irã e Europa com destino aos EUA e decretou o fechamento parcial da fronteira americana com o México e o Canadá. Somente o tráfego essencial é permitido e, segundo o presidente, a restrição não vai atrapalhar o comércio entre os países.
O governo ainda enviou ao Congresso um pacote de emergência fiscal que pode chegar a até US$ 1,8 trilhão, incluindo o pagamento direto de dinheiro aos americanos.
Um dos chefes das negociações com os parlamentares, o secretário do Tesouro Steven Mnuchin, diz estar trabalhando para que a economia dos EUA não sinta o impacto tão brusco em meio à pandemia. Ele, que é um dos principais auxiliares do presidente, segue defendendo de 10 a 12 semanas de isolamento.
Fonte: FolhaPress
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Conheça as 15 medidas extraordinárias de apoio às famílias e empresas aprovadas pela Câmara de Lisboa
Escrito por adminO presidente da Câmara Municipal de Lisboa Fernando Medina apresentou 15 medidas de apoio extraordinário às famílias, empresas e emprego neste período que vivemos:
- Suspensão do pagamento das rendas em todos os fogos municipais até 30 de junho de 2020, abrangendo 24.000 famílias e 70.000 pessoas.
- Reforço do fundo de emergência social dirigida as famílias e instituições sociais e linha de apoio para aquisição de todos os bens, serviços e equipamentos necessários
- Isenção do pagamento de rendas a todos os estabelecimentos comerciais em espaços municipais que se encontrem encerrados
- Isenção integral do pagamento de rendas todas as instituições de âmbito social, cultural, desportivo e recreativo instaladas em espaços municipais.
- Suspender a cobrança todas as taxas relativas à ocupação de espaço público e publicidade a todos os estabelecimentos comerciais, com exceção de bancos e instituições de crédito e seguradoras.
- Adquirir regularmente os produtos frescos aos produtores que comercializavam nas feiras agora encerradas e entrega desses produtos a associações com trabalho social em Lisboa.
- Suspender a entrada em vigor da disposição relativa a proibição do uso de plástico não reutilizável
- Assegurar a concretização do plano de investimentos da Câmara de Lisboa e das empresas municipais, como forma de reforço do serviço público, apoio ao emprego, e preservação da capacidade produtiva.
- Manter em pleno funcionamento o licenciamento urbanístico assegurando o recurso ao teletrabalho a mais de 400 trabalhadores destas áreas.
- Antecipar o pagamento a projetistas, nomeadamente gabinetes de arquitetura, engenharia e serviços técnicos.
- Criação de uma equipa de apoio às micro, pequenas e médias empresas (Lisboa Empreende)
- Criar um Marketplace que junta as necessidades de empresas, instituições e municípios às competências e ofertas do ecossistema empreendedor de Lisboa.
- Assegurar aos agentes culturais o pagamento integral dos contratos já celebrados, através da recalendarização das programações e sua adaptação para transmissão online.
- Acelerar o pagamento às entidades culturais da cidade já beneficiárias do apoio.
- Alargar o sistema de apoio a agentes e entidades do setor cultural que atualmente não estejam abrangidos por apoios municipais através nomeadamente do Fundo de Emergência Municipal.
Mais informação: https://bit.ly/2JgwIue
Padre italiano morre depois de recusar ventilador e o oferecer a doente mais jovem
Escrito por adminUm sacerdote italiano rejeitou um ventilador que lhe foi comprado pela paróquia quando foi internado infetado com o coronavírus: preferiu dá-lo a um doente mais novo. Acabou por morrer.
Um padre italiano de 72 anos morreu na semana passada na cidade de Lovere, na Lombardia, depois de renunciar a um ventilador comprado pela sua paróquia e o oferecer a um paciente mais novo.
Segundo a imprensa italiana, Giuseppe Berardelli, pároco em Casnigo, contraiu a Covid-19 e foi internado no hospital daquela cidade, na região italiana mais afetada pela pandemia, onde veio a morrer na semana passada.
Quando o seu estado de saúde se agravou, os paroquianos de Casnigo juntaram-se para lhe comprar um ventilador. Mas, de acordo com o jornal regional Araberara, que cita um profissional de saúde da instituição onde o sacerdote morreu, o padre “renunciou por sua própria vontade para o destinar a alguém mais jovem do que ele“.
Berardelli já sofria de outros problemas de saúde que, somados à sua idade avançada, o colocavam num dos grupos de maior risco. De acordo com o mesmo jornal, o padre Giuseppe Berardelli era uma figura muito acarinhada na comunidade de Casnigo. “Era uma pessoa simples, direta, de uma grande gentileza e disponibilidade para todos, crentes e não crentes. A sua saudação era ‘paz e bem’. Sempre cordial e disponível para a administração pública, as associações e não apenas as da paróquia”, descreveu Giuseppe Imberti, antigo presidente da câmara de Casnigo.
“Era amado por todos, os antigos paroquianos dele ainda vinham de Fiorano, ao fim de muitos anos, para o ver. Mas ele também tinha uma capacidade incrível para resolver problemas económicos, para bater às portas certas para ajudar”, acrescentou Imberti.
Devido às restrições atualmente em vigor em Itália, o sacerdote não teve um funeral. Mas, de acordo com a imprensa italiana, os habitantes de Casnigo dirigiram-se às janelas para aplaudir enquanto o caixão de Berardelli foi levado para o cemitério.
Fonte: Observador
China começa a reabrir cinemas após zerar transmissão local do Coronavírus
Escrito por adminEnquanto o surto de Coronavírus vai causando o adiamento de diversas produções envolvendo filmes e séries, os próprios cinemas em si também acabaram sofrendo um baque para ajudar a conter a doença. No Brasil, por exemplo, quase todas as salas de cinema estão fechadas temporariamente e novas estreias não aconteceram no fim de semana.
No entanto, a China já está avançando neste quesito. Depois de anunciar que conseguiu zerar a transmissão local do COVID-19, o país já está iniciando um planejamento para reabrir os cinemas aos poucos. Segundo o Deadline, os estabelecimentos vão abrir gradativamente e inicialmente os blockbusters mais antigos serão exibidos até que os lançamentos voltem a aparecer.
Em situações normais, as distribuidoras e as próprias redes de cinema dividiriam a receita dos longas exibidos. Mas nesta nova modalidade, os exibidores ficarão com 100% da receita e sucessos do início da década serão relançados, a exemplo da saga Harry Potter. Além disso, filmes do início deste ano e do fim do ano passado passarão por novas exibições.
Fonte: AdoroCinema
Após quarentena cidade na China registra recorde de pedidos de divórcio
Escrito por adminEnquanto o Ocidente começa a viver a experiência claustrofóbica do confinamento — medida necessária para conter a disseminação da covid-19 —, os relatos vindos da China pintam um quadro de que a vida está, aos poucos, voltando ao normal.
Mas a quarentena forçada deixou algumas consequências inesperadas. Muitos casais parecem não ter resistido à proximidade em tempo integral. A mídia chinesa identificou uma corrida aos cartórios por aqueles que não pretendem seguir juntos.
Xi'am, de 12 milhões de habitantes, capital da província de Shaanxi, região central da China, registrou um recorde no número de pedidos de divórcio nas últimas semanas, segundo o jornal chinês em língua inglesa The Global Times.
Em alguns distritos, todos os horários disponíveis para tratar do tema nos escritórios locais do governo estão tomados por semanas.
Outros sites também indicaram haver relatos de uma procura acima da média em cartórios de municípios de outras províncias, como a de Sichuan, por formulários de divórcio
Nas redes sociais, a notícia não chegou a causar surpresa entre os chineses. "É muito tempo junto. Eu tenho visto cada vez mais histórias sobre separações. Muitas piadas também. Mas o problema parece sério", disse à BBC News Brasil, Ge, uma professora de 29 anos. Ela própria não é casada. E diz imaginar o estresse de estar sob o mesmo teto neste momento de muito estresse econômico e perguntas sobre o futuro.
"Grandes episódios como este fazem as pessoas pensar mais nas suas vidas e o que realmente interessa", afirmou à BBC News Brasil a escritora Lijia Zhang, autora de A garota da Fábrica de Mísseis: memórias de uma operária na nova China. "É verdade também que os casamentos que sobreviveram à quarentena devem seguir mais fortes!", complementa.
É cedo para entender o que está acontecendo — e se o fenômeno se observará nacionalmente e mesmo em outros países que adotaram medidas de confinamento. Além disso, os cartórios estiveram fechados durante cerca de um mês, o que cria uma demanda reprimida. E os chineses já vinham se divorciando em um ritmo mais acelerado nos últimos anos.
Em 2016, o número de casais que se separou na China chegou a 4,2 milhões, um aumento expressivo em relação a 1985, quando a taxa não passava de 485 mil.
As leis mudaram no país nos últimos anos. Têm se adaptado aos novos tempos. Hoje, 70% dos divórcios já seriam pedidos por mulheres no país, segundo Zhou Qiang, presidente da Suprema Corte do Povo durante discurso proferido em novembro passado. Foi garantido esse direito às mulheres ainda em 1950, quando o partido comunista chinês criou a Nova Lei do Casamento.
"Fiz um brinde com a minha filha quando soube da notícia. Considero isso uma conquista de liberação das chinesas, porque elas estão mais assertivas ao buscar o que querem. Já não estão mais dispostas a aceitar um casamento infeliz, como as nossas mães fizeram", disse Lijia Zhang.
Mas o fato é que os chineses também estão se casando menos. Apenas 7,2 pessoas em 1 mil resolveram juntar as escovas de dente oficialmente em 2018. Trata-se do índice mais baixo desde 2013, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas do governo. Pesquisa realizada pelo Diário do Povo mostra que 29,5% dos entrevistados não tinha se casado porque não haviam encontrado a pessoa certa. Outros 23,4% afirmaram não estar preparados para assumir a responsabilidade de começar uma família.
Neste contexto, as separações provocadas pelo coronavírus certamente não ajudam o governo, que acabou, em 2016, com a longeva política do filho único, adotada na década de 1970. Pequim agora quer mais é que os chineses tenham mais filhos. O problema é que os jovens, e sobretudo mulheres, acham caro aumentar a família e estão mais preocupados em investir em suas carreiras profissionais.
Dados da Comissão Nacional de Saúde da China indicam que o país terá 487 milhões de idosos em 2050, cerca de 35% da população total. Em 2018, a taxa estava em 17,3%, ou 242 milhões de pessoas.
Fonte: BBC