Com o desemprego em alta no Brasil e a crise que dizimou empregos até mesmo entre as pessoas com diploma universitário, a imigração legal tem aumentado muito nos últimos anos. Especialmente para dois destinos emblemáticos: EUA, que representa o sonho americano, e Portugal, onde a barreira da língua deixa de ser um empecilho.
O perfil do imigrante ilegal que vai para outro país trabalhar e viver como um clandestino tem contrastado com o brasileiro graduado e de currículo extenso, que busca novas oportunidades para carreira, filhos e família. Os números comprovam: em 2018, o Departamento de Imigração dos EUA emitiu 4.458 vistos para brasileiros que decidiram morar no país, um crescimento de 27,3% na comparação com o ano anterior. Até 2014, a concessão desse tipo de visto não passava de dois mil por ano.
Em Portugal, os índices são semelhantes: dos 480.300 estrangeiros que vivem por lá, 105.423 são brasileiros, um acréscimo de 29,7% em comparação a dois anos antes, quando o número era de 81.251. Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o crescimento continua: em 2019, já há o registro adicional de 23% de imigrantes brasileiros em terras lusitanas em relação a 2018.