A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, sexta-feira, que vão ser disponibilizados 37 mil milhões de euros para apoiar o setor da saúde e as pequenas e médias empresas, que poderão sofrer os maiores impactos da pandemia do Covid-19.
Em conferência de imprensa, em Bruxelas, Ursula von der Leyen disse que a crise está só no início e que vai ter um grande impacto na economia da União.
"É um grande choque para a economia global e europeia e temos que tomar ações decisivas e ousadas agora e a todos os níveis. O choque é temporário, mas temos de trabalhar em conjunto para garantir que seja curto, para que se ultrapasse o mais rapidamente possível", disse a chefe do executivo comunitário.
Vários países, incluindo Portugal, anunciaram, esta semana medidas mais restritivas à circulação das pessoas e à atividade económica não essencial para impedir a propagação do coronavírus.
Para amorecer o impacto, os Estados-membros vão poder fazer um uso mais flexível das regras orçamentais por forma a fazer face às despesas no setor público, mas também para compensar empresas e cidadãos.
No caso da aviação, muito afetada pelo cancelamento de reservas, não se aplicará com o mesmo rigor, nos próximos quatro meses, a regra que impõe a utilização de 80 por cento das faixas horárias atribuídas para os voos.
É tempo de medidas excecionais, mas não se pode abandonar o espírito de solidariedade disse a líder do executivo europeu: "O mercado único tem que funcionar, não é bom quando os Estados-membros tomam medidas unilateralmente porque causam sempre um efeito dominó e impedem que equipamentos urgentemente necessários cheguem aos pacientes, aos hospitais".
"É claro que todos queremos proteger os nossos cidadãos da propagação do vírus. Mas temos de analisar em conjunto como é que o podemos fazer da forma mais eficiente", acrescentou Ursula von der Leyen.
A mensagem de Bruxelas é clara e baseia-se no princípio fundador do bloco: a união faz a força.
Fonte: Euronews