O ano passado foi sinónimo de mais um recorde no turismo nacional, com Portugal a ser destino de 27 milhões de turistas, a maioria oriundos do estrangeiro. Este número representa uma subida de 7,3% face a 2018 e uma aceleração no ritmo de crescimento, referem os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos de receitas turísticas, estas aumentaram para 4,28 mil milhões de euros.
O total de hóspedes bateu um novo recorde, subindo 7,3% para cerca de 27 milhões, com a maioria a vir de países estrangeiros. Contudo, apesar de liderarem em número (16,3 milhões), os estrangeiros subiram apenas 7,1% face aos 7,5% de crescimento dos hóspedes nacionais (10,7 milhões).
Em termos de estadia, tanto os hóspedes nacionais como os internacionais passaram menos noites nas unidades turísticas, estando a média nas 2,59 noites. Os portugueses ficaram, em média, hospedados durante 1,97 noites (-1,2%), enquanto os estrangeiros ficaram 2,99 noites (-3,6%).
Na hora de escolher onde passar a noite, a hotelaria continua a liderar a escolha dos turistas, concentrando cerca de 58 milhões de dormidas (82,9% do total), à frente do Alojamento Local com dez milhões de dormidas e do turismo no espaço rural e de habitação, com 1,9 milhões de dormidas. Em termos de crescimento, os hostels destacaram-se com as dormidas a dispararem 23,7%, refere o INE.
A maior parte dos hóspedes internacionais a pernoitar no país continuou a vir do Reino Unido, num total de 9,38 milhões de turistas, tendo esta nacionalidade subido 1,5% face a 2018, representando uma quota de 19,2%. Atrás aparecem os alemães com 5,88 milhões de hóspedes e os espanhóis com 5,22 milhões, de acordo com o INE. Em termos de crescimento, o destaque vai para os mercados norte-americano (29,2%), canadiano (27,6%) e irlandês (26%).
Dormidas na Madeira continuam em queda
Como já se tem vindo a observar nos últimos meses, as dormidas na Região Autónoma da Madeira têm vindo a cair sucessivamente. No ano passado, os dados do INE mostram que todas as regiões apresentaram aumentos nas dormidas, à exceção deste arquipélago, onde estas caíram 3,7% para 7,5 milhões de dormidas. Este desempenho já tem sido confirmado por vários operadores turísticos, que apontam a falência de várias companhias aéreas como a principal causa, levando à perda de rotas e consequente perda de turistas.
No topo de tabela está o Norte (+9,7%), o Alentejo (+7,6%) e a Região Autónoma dos Açores (+7,5%). Por sua vez, na capital, este indicador subiu 5,2%.
Em número, foi o Algarve quem concentrou o maior número de dormidas, num total de 20,9 milhões, à frente da Área Metropolitana de Lisboa (18,4 milhões) e do Norte (10,7 milhões).
Receitas turísticas subiram 7,3% para 4,28 mil milhões de euros
Este recorde do número de turistas é acompanhado por uma subida expressiva nas receitas obtidas no setor. No ano passado, de acordo com o INE, o setor viu os proveitos totais aumentarem 7,3% para 4,28 mil milhões de euros.
Esta subida mostra uma melhoria face a 2018 (ano em que subiram apenas 6%), mas uma queda face a 2017 (ano em que dispararam mais de 16%). Por sua vez, os proveitos de aposento subiram 7,1% para 3,2 mil milhões de euros.
Fonte: Eco